O Hospital Municipal de Foz do Iguaçu (Hospital Padre Germano Lauck) recebeu nova diretora. É a secretária municipal de saúde da cidade, Jaqueline Tontini, que deixa o cargo para administrar o hospital de forma interina. A mudança na direção ocorreu após o Ministério Público do Paraná (MPPR) fazer uma recomendação administrativa de intervenção no hospital e afastamento da diretoria.

Quem estava no cargo há um ano era o médico Amon Mendes Franco de Sousa, que deixou a direção em comum acordo com o prefeito da cidade, Chico Brasileiro. Em sua recomendação, o MPPR aponta reclamações constantes quanto ao atendimento aos pacientes e reclamações dos próprios funcionários quanto à estrutura de trabalho.

Além de atender pacientes do SUS em Foz e de mais oito municípios da 9.ª Regional de Saúde, o hospital também é “portas abertas” e recebe pacientes do Paraguai e Argentina. Para dar conta do atendimento, a dívida da casa hospitalar já ultrapassa os R$ 100 milhões.

Mas além da dívida, há muitas reclamações em relação ao atendimento aos pacientes, que por vezes foi paralisado. Funcionários reclamam também das condições de trabalho e até já anunciaram greve. Eles reclamam de falta de ambiente estéril para realização de cirurgias, materiais não esterilizados conforme as normas de biossegurança, além de falta de materiais para a quantidade de cirurgias realizadas, ausência de manutenção dos equipamentos, falta de refrigeração adequada nos centros cirúrgicos, suspensão de contratos com empresas prestadoras de serviços cirúrgicos ortopédicos, falta de pagamento de fornecedores, entre outros problemas.