Correntes marítimas e condições propícias para a reprodução trazem milhares de águas-vivas ao litoral paranaense. Foto: Venilton Kuchler/SESA

Tenente do Corpo de Bombeiros orienta quais os primeiros cuidados a se tomar

O número de acidentes com água-viva cresceu 175% no litoral paranaense nesse verão em comparação com o verão do ano passado. Até hoje o Corpo de Bombeiros atendeu 25.787 incidentes em 40 dias da Operação Verão Paraná. São 11 mil só em Pontal do Paraná, 9.824 em Matinhos e 4.827 em Guaratuba. No ano passado, o total de casos foi de 9.455.

Para Tânia Portella, bióloga e coordenadora da Divisão de Zoonoses e Intoxicações da Secretaria de Estado da Saúde, isso se deve ao comportamento das correntes marítimas e também às condições favoráveis para a reprodução das águas-vivas: “É importante lembrar que elas estão em seu habitat natural e somos nós que dividimos este espaço, sobretudo agora no verão”.

As medidas que estão sendo implementadas para diminuir os danos são o monitoramento das áreas de risco elevado, assim como a preparação de uma estrutura para atender a demanda de vítimas.

A tenente do Corpo de Bombeiros Virgínia Maria Zambrim Turra orienta para os primeiros cuidados em caso de acidentes: “O principal a fazer é lavar o local com a água do mar, sem esfregar, não utilizar água doce ou outros líquidos, como bebidas alcoólicas, urina e azeite. Para tirar os restos das bolsas de toxinas que ficam, é só jogar água do mar ou vinagre”.

As vítimas devem ficar em observação para identificar possíveis sintomas como vômitos, tonturas, desmaios, dificuldades para respirar ou garganta fechada. Segundo a tenente, “isso pode ser sinal de alergia ou uma intolerância maior ao veneno. Se surgir qualquer um destes sintomas, a pessoa deve procurar um médico ou posto de atendimento”.

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