Mais da metade dos municípios paranaenses eliminaram a sífilis congênita, que é transmitida pela mãe ao bebê durante a gestação. A boa notícia marca o Dia Nacional de Combate à Sífilis, instituído no terceiro sábado do mês de outubro, que neste ano será no dia 16, neste sábado. Durante a semana, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) promoveu ações junto às Regionais para o enfrentamento à doença.
Nesta quinta-feira (14), durante evento online com profissionais de saúde e especialistas da área de infecções sexualmente transmissíveis, foram atualizados dados sobre a doença no Estado, além da divulgação dos 210 municípios que conseguiram eliminar a sífilis congênita.
No ano passado, 134 localidades atingiram os critérios e indicadores mundiais de eliminação da transmissão da doença. Este ano, 76 municípios a mais alcançaram a Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical da Sífilis Congênita.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, o combate deve ser constante.
“A meta é de que os 399 municípios do Estado atinjam os critérios exigidos, promovendo ações de prevenção, qualificação e atenção ao pré-natal, tratamento e promoção da saúde sexual e reprodutiva”.
disse.
Segundo a diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, em razão do Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, a Secretaria está trabalhando com as equipes para que possam efetivamente controlar o problema de saúde pública. “Certificar os municípios que já conseguiram atingir a meta de eliminação é um avanço e estímulo para que todos o façam. Queremos eliminar a doença em todo o Paraná”, disse.
Dados preliminares mostram que, em 2020, a taxa de detecção de sífilis adquirida por 100 mil habitantes no Paraná foi de 60,7%. Em gestantes foi de 17,6%; e de sífilis congênita, de 5,2%. “É importante informar que o tratamento não confere imunidade ao paciente e que a doença pode ocorrer a cada nova exposição com parceiro infectado”, explicou Mara Franzoloso, chefe da Divisão de Infecções Sexualmente Transmissíveis da Sesa.
As infecções sexualmente transmissíveis (IST) podem ser diagnosticadas por meio de um teste rápido, oferecido gratuitamente pelas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento é feito com a penicilina, mais conhecida por benzetacil.