Os números alarmantes de mortes e internamentos por diabetes no estado do Paraná vêm chamando atenção e, por isso, foram discutidos por especialistas e técnicos da Secretaria Estadual de Saúde durante seminário nesta terça-feira (8). Durante o encontro os participantes debateram sobre as mudanças necessárias nas formas de tratamento e o uso de novas tecnologias de controle diário da doença.
Conforme o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli, presente no evento, é importante que as políticas públicas evoluam junto com os tratamentos disponíveis após anos de estudo. “Hoje, a pessoa põe um chip no braço e através de um aplicativo no celular, controla o nível de diabetes. Isso faz com que a pessoa possa utilizar o mínimo de medicamento e utilizar quando é necessário, de acordo com as boas técnicas que que já temos. Nós precisamos chegar com essas novas tecnologias a todos os pacientes do Paraná. Hoje, não há família que não tenha um diabético”, explicou Romanelli.
Números
Dados de 2017, do Ministério da Saúde, mostram que cerca de 9% da população brasileira convive com a doença. No Paraná, apenas em 2016, o diabetes causou a morte de 3.472 pessoas e 7.201 internamentos. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade, o número de mortes relacionadas ao diabetes no Brasil cresceu 11,8% entre 2006 e 2016, saindo de 54.877 mortes para 61.398 no ano de 2016.
Tratamento do diabete
A chave para reduzir o diabetes, segundo a endocrinologista Rosângela Roginski Réa, inclui dieta, educação alimentar, atividade física e perda de peso e tratamento adequado. “Além disso, a capacitação de profissionais de saúde pública, com uma maior padronização de tratamento para o controle da diabetes e a utilização de novos medicamentos e da tecnologia para estabelecer e manter a efetividade do gerenciamento do tratamento pelo próprio paciente”.
“Com melhoria no padrão de tratamento, teremos pacientes com uma maior adesão ao seu tratamento, que hoje também é outro ponto crítico. Além disso, com a utilização de tecnologias, podemos obter dados da saúde pública e privada para nortear melhor as ações necessárias para melhoria desse cenário em nosso país”, completa Rosângela Réa.