Uma vacina contra o câncer de mama está em desenvolvimento pelo Instituto de Vacinas contra o Câncer da Universidade de Washington, em Seatle nos Estados Unidos. O imunizante está em fase de testes e mostrou eficácia na primeira etapa.

De acordo com o site Medical News Today, a vacina mostrou uma forte resposta imune ao tumor ERBB2. O estudo foi publicado na revista cientifica JAMA Oncology e informa que o ensaio clínico foi feito com 66 pessoas com idades entre 34 e 77 anos que tinham câncer de mama em estágio avançado.

Os participantes foram vacinados durante três meses. Os pesquisadores observaram que os efeitos colaterais mais comuns associados à injeção eram de sintomas semelhantes aos da gripe.

“Os efeitos colaterais mais comuns que vimos em cerca de metade dos pacientes foram muito semelhantes ao que você vê com as vacinas COVID: vermelhidão e inchaço no local da injeção e talvez febre, calafrios e sintomas semelhantes aos da gripe”, disse a Dra. Mary Nora Disis, principal autora do estudo.

Durante os testes, as mulheres alcançaram remissão completa ou tiveram crescimento mais lento do tumor. “Os resultados devem ser considerados preliminares, mas são promissores o suficiente para que a vacina seja agora avaliada em um ensaio clínico randomizado maior”, disse a autora principal do estudo, Mary Disis.

De acordo com Disis, um dos principais problemas com os atuais tipos de tratamento contra o câncer de mama é a recorrência da doença após o tratamento. 

A médica ainda explica que a doença retorna porque uma pequena quantidade de câncer permanece indetectada. No estudo ela explica que a vacina pode ser mais eficiente por poder “caçar essas últimas células de câncer”.

A especialista explica que a vacina tem um potencial enorme para o tratamento do câncer de mama. “Se os resultados do novo ensaio clínico randomizado controlado de fase II da vacina forem positivos, será um forte sinal para avançarmos rapidamente para um ensaio de fase III definitivo”, disse a especialista. “Tenho grandes esperanças de que estejamos perto de ter uma vacina que possa efetivamente tratar pacientes com câncer de mama “, finalizou.

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