A faixa etária da campanha de vacinação contra a gripe em Curitiba está sendo ampliada. A nova meta da Secretaria Municipal de Saúde é de vacinar 80% das 95 mil crianças de seis meses até 10 anos. A cidade já havia atingido a proposta do Ministério da Saúde de vacinar 80% do grupo de risco – até o momento composta por idosos, gestantes, crianças e mães que tiveram filhos há menos de 45 dias.

“As crianças ainda não têm o seu sistema imunológico completamente formado e, por isso, a vacina é fundamental para fortalecer o organismo. As gestantes também devem tomar a vacina porque estão em uma fase de grandes alterações metabólicas e, além disso, têm a capacidade respiratória comprometida devido às alterações no corpo – como a dilatação do abdômen – o que reduz as chances de se proteger de um quadro de gripe e a possibilidade de complicações respiratórias é muito maior”, diz a diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria, Juliane Oliveira.

Durante a última semana, de todos os atendimentos realizados nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 Horas e nas unidades básicas de saúde, 19% foram em decorrência de doenças respiratórias, segundo levantamento da Secretaria. “Este índice está dentro do esperado para essa época do ano, mas está abaixo da média de atendimentos registrados nesse mesmo período em anos anteriores”, explica Juliane.

Resultados
No balanço geral, considerando todos os grupos vulneráveis e que são contabilizados, Curitiba foi uma das primeiras cidades brasileiras a vacinar mais de 80% do público-alvo. Além destes grupos, a vacina contra a gripe também está disponível para pessoas portadoras de doenças crônicas, profissionais de saúde, indígenas e pessoas privadas de liberdade.

A vacina está disponível nas 109 unidades básicas de saúde. Pessoas com doenças crônicas devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Aqueles pacientes que já fazem parte de programas de controle das doenças crônicas do SUS devem ir às unidades em que estão cadastrados para receber a vacina.

Prevenção
A vacina contra a gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Estudos demonstram que a vacinação contribui para a redução de 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.

O secretário municipal de Saúde, Adriano Massuda, ressalta que a campanha de vacinação acontece no período que antecede o inverno porque a criação de anticorpos ocorre entre duas e três semanas após a aplicação da dose. O período de maior circulação da gripe é de final de maio a agosto. Segundo ele, as reações à vacina são raras, mas é contraindicada a pessoas com alergia ao ovo de galinha e seus derivados.

Massuda diz que a vacinação contra gripe é uma importante ação de prevenção da gripe, mas não dispensa medidas básicas de proteção. “São medidas simples, como fazer a assepsia frequente das mãos, cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar e procurar manter os ambientes ventilados”, orienta. Veja mais no vídeo abaixo: