Beto Preto, secretário saúde estadual, afirmou na manhã desta terça-feira (6) que é preciso ser cauteloso com a questão da volta às aulas no Paraná devido uma síndrome inflamatória, possivelmente associada à covid-19, que está acometendo crianças.
“Foram 11 notificações aqui no estado com três crianças indo a óbito. Ela é secundária ao coronavírus. Digo isso, porque se tem a teoria de que as crianças são assintomáticas, o que não é totalmente verdade observando essa síndrome. Por isso, todas as medidas de cautela estão sendo tomadas”, ressaltou. “Há um grande grupo que reúne várias frentes para decidir a data dessa possível retomada”, disse durante videoconferência com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
O secretário também pontuou que para que as escolas paranaenses possam a voltar a ter aulas presenciais, além do controle no número de casos e óbitos por covi-19, a taxa de transmissão do novo coronavírus no Paraná – que está em 0,8 – precisa estar em 0,5 para garantir um retorno tranquilo dos alunos.
Volta às aulas no Paraná no dia 19 de outubro
Ainda segundo Beto Preto, o plano-piloto de retorno às aulas em algumas áreas do Paraná, onde a incidência de casos e óbitos é menor, será “fechado” no próximos dias e existe a possibilidades de “retorno no dia 19 de outubro nessas áreas, nestes colégios estaduais”.
O secretária fez questão de ressaltar que as instituições que voltarem com as aulas presenciais deverão seguir os protocolos instituídos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
“Claro que com o rodízio de alunos, respeitando tudo aquilo que está escrito na resolução SESA 632, que implica em distanciamento social, medidas de cautela, lavagem das mãos e tem também vem sendo colocado como meta pela SEED que tem agido de maneira republicana. Devemos bater o martelo nos próximos dias, com a anuência do governador Ratinho Júnior, com um plano piloto de 15 dias nas áreas que temos menos incidência de novos casos e óbitos”, declarou.
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Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica
A Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) é uma doença considerada rara e que pode estar associada ao novo coronavírus. Os sintomas costumam aparecer até quatro semanas após a exposição ao vírus em crianças e adolescentes de até 19 anos.
No Brasil, até 22 de agosto, dados do Ministério da Saúde mostram que foram notificados casos de SIM-P em 197 crianças e adolescentes, dos quais 14 morreram.
Os sintomas da doença são:
- febre persistente,
- conjuntivite,
- edema em extremidades,
- manchas no corpo,
- dor abdominal,
- manifestações gastrointestinais (vômito e diarreia)
- elevados marcadores inflamatórios, sendo que os sintomas respiratórios nem sempre estão presentes
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