Aniversário de Curitiba ganha brilho com o centenário de Poty Lazzarotto, artista curitibano reconhecido mundialmente

Publicado em 29 mar 2024, às 18h17. Atualizado em: 2 abr 2024 às 09h16.
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Exposição Poty, na Casa Piemonte da Carmelo Rangel, traz a trajetória e obras do artista curitibano. (Foto: Valterci Santos).

Neste ano, o aniversário de 331 anos de Curitiba ganhou um brilho especial. Na mesma data, 29 de março, a cidade celebra o centenário do artista Poty Lazzarotto, que está movimentando a cena artística da capital paranaense. As obras de Poty estão espalhadas não só por Curitiba – como na fachada do Teatro Guaíra e nas praças 19 de Dezembro (Praça do Homem Nu) e 29 de Março -, mas em outras cidades do estado, como a Lapa, com um monumento aos tropeiros no trevo de acesso ao município.

O Clube Curitibano, que tem um mural do artista na sede da Avenida Getúlio Vargas, no bairro Água Verde, realizou uma série de atividades que valorizaram a contribuição de Lazzarotto à arte brasileira. A iniciativa foi promovida pelo departamento de cultura e buscou reafirmar na memória dos curitibanos o legado do artista. A programação, com duração de uma semana, incluiu uma linha do tempo, a indicação de livros, o empréstimo do documentário na videoteca do clube e atividades temáticas sobre Lazzarotto na Escola de Artes e no Clubinho, espaço voltado ao cuidado criativo e ao desenvolvimento das crianças.
“É inspirador chegar ao Clube e se deparar com obras como a ‘Gralha Azul’, o ‘Mural Redondo’, afirma o presidente do clube, Paulo Roberto Oliveira.
Pouca gente sabe que as primeiras inspirações do artista para seus desenhos vieram de um velho cinema de Curitiba que ele frequentava quando criança e onde ajudava o projetista em algumas tarefas, como no famoso filme italiano Cinema Paradiso. Poty via os cartazes dos filmes e reproduzia no papel aquelas imagens. Mais tarde, seus pais abriram o restaurante Vagão do Armistício, onde dona Júlia, mãe de Poty, fazia um risoto que caiu no gosto do então interventor do estado Manoel Ribas. Ao ver os desenhos e entalhes nas paredes do acanhado restaurante, Ribas reconheceu o talento do jovem artista, então com 18 ano, e resolveu lhe oferecer uma bolsa de estudos na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Dois anos depois, em 1946, Poty se mudou para Paris onde foi estudar artes gráficas a convite do governo francês.
Parte desta trajetória poderá ser conferida na exposição Poty de Curitiba, Curitiba de Poty, que estará em cartaz a partir da próxima quarta-feira, 2 de abril, no Museu de Municipal de Arte – MuMA, no Portão Cultural.
Além desta oportunidade de conhecer mais a história do renomado artista curitibano, a construtora e incorporadora Piemonte está presenteando a cidade com uma exposição em homenagem ao centenário de Poty. A Casa Piemonte, localizada na Rua Carmelo Rangel, 500, no Batel, no imóvel onde será construído seu próximo empreendimento, é uma gentileza urbana, onde a população poderá visitar uma exposição inédita realizada em parceria com o Studio R. Krieger Galeria de Arte, que tem em sua curadoria mais de 160 obras de arte de Lazzarotto.
“Estamos orgulhosos em fazer parte da história de Curitiba e poder contribuir para preservar e enaltecer a cultura local. Este novo empreendimento é uma forma de honrar o legado de Poty Lazzarotto e celebrar a rica herança cultural do Paraná”, afirma Filipe Demeterco, sócio fundador e diretor da construtora, que está comemorando 25 anos.

Nascido e criado em solo paranaense, Poty deixou um legado imensurável para a arte brasileira. Marcadas pela criatividade, sensibilidade e profunda conexão com as raízes de Curitiba, suas obras continuam a inspirar e encantar gerações.

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