Da Redação
Alem da pandemia, 2020 deve entrar para a história como um dos anos mais quentes já registrados, segundo o Serviço de Mudança Climática Copernicus, do Programa de Observação da Terra, da União Europeia, que monitora o clima desde 1979. A América do Sul é uma das regiões afetadas pelo calor excessivo. No Paraná, setembro foi um dos mais quentes da série histórica desde que passou a ser medido pelo Simepar em 1998.
“Com exceção do Litoral, em todas as outras regiões do estado a temperatura média ficou acima dos registros históricos. Em Curitiba, os termômetros marcaram entre 2 e 3 graus acima, e no Noroeste até 4 graus mais alta”, afirma o coordenador da Operação Meteorológica do Simepar, Marco Antônio Jusevicius.
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O levantamento, divulgado nesta semana, repete a análise da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos e aponta que há 99,9% de chance de 2020 entrar no ranking dos cinco anos mais quentes já registrados.
Crise hídrica
O Paraná encontra-se atualmente em situação de seca moderada, grave e extrema, de acordo com a região. Em Curitiba e Região Metropolitana, que enfrentam crise no abastecimento de água, a classificação é de seca extrema.
“É quase certo que 2020 se configure como um dos anos mais quentes dos últimos 25 no Paraná. O diferencial é que está havendo uma combinação explosiva de temperaturas elevadas com déficit de chuvas, que estão abaixo da média há um ano e meio”, diz Jusevicius.
A situação é tão grave que o Paraná foi incluído no mapeamento hídrico do Monitor de Secas, plataforma regulamentada pela Agência Nacional de Águas (ANA). O monitor foi criado em 2014, inicialmente para atender o Nordeste, onde são mais recorrentes as secas prolongadas. Com a crise hídrica, o Paraná foi incluído no monitoramento.
E a tendência de temperaturas elevadas continua. Nos primeiros dias de outubro, a onda de calor em todo o Paraná elevou o consumo de água a níveis recordes, demandando produções acima da média dos sistemas de abastecimento público. Em Maringá, o consumo chegou a ser 20% maior do que nos dias normais. Em Londrina, foi 17% maior, com recorde de consumo de 255 milhões de litros.
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