A arquiteta e colunista Daniela Barranco apresenta um olhar atento sobre o Camboja

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Daniela Barranco

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O Camboja é um país de contrastes e de um povo com alma leve. (Fotos: Daniela Barranco)

Cada viagem que procuro compartilhar com você, leitor, é uma forma de enaltecer a História com ‘H’ maiúsculo, da qual fazemos parte neste planeta. Todos os países têm suas riquezas, suas particularidades e culturas e, em cada visita que fazemos, voltamos ainda mais encantados. É fantástico pertencer a este mundo, não é mesmo? E, claro, no Camboja não foi diferente.

A arquiteta e colunista Daniela Barranco apresenta um olhar atento sobre o Camboja

País conhecido como o lar de colossais templos, mas também da brutal era do Khmer Vermelho da década de 1970 e da guerra civil posterior, a história do Camboja abrange algumas das maiores realizações artísticas da humanidade, confrontadas com tempos horríveis de dor e sofrimento.

A capital, Phnom Penh, é o coração frenético da nação; uma cidade de ruas caóticas cheias de motos e buzinas, mas também o lar de vários locais históricos importantes que ajudam a desvendar a história moderna e antiga do Camboja.

O Museu Nacional abriga uma coleção de esculturas Khmer que traçam a história da nação desde a era pré-angkoriana até a majestade fenomenal dos reis-deuses de Angkor.

Palácio Real

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O Palácio Real oferece belos exemplos da arte tradicional enquanto o Museu Tuol Sleng e os campos de extermínio de Choeung Ek falam do horror e da brutalidade que o povo do país sofreu sob o domínio do Khmer Vermelho.

Pagoda de Prata

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Localizado dentro do complexo do Palácio Real, o Pagoda de Prata abriga muitos tesouros nacionais, como ouro e estátuas de Buda com joias. O mais notável é um pequeno Buda de cristal de Baccarat do século 17 – o Buda de Esmeralda do Camboja –, e um Buda Maitreya de ouro, em tamanho real, decorado com 9.584 diamantes. Neste Pagoda, o piso é revestido de ladrilhos de prata e é onde se encontram as cinzas de Norodom, um dos reis mais ilustres do país.

Mercado Central

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Outra atração da capital é o Mercado Central, que foi construído em 1937 e servia como espaço para os comerciantes locais da época. O edifício tem a forma de uma cruz com uma cúpula ao centro. Há quatro alas repletas de lojas que vendem antiguidades, relógios, joias e muitos outros itens. No mercado, encontramos as mais variadas ofertas de frutos do mar vivos. Local onde se vê a realidade do povo simples cambojano.

Siem Reap

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Siem Reap é a cidade que abriga o emblemático Parque Arqueológico de Angkor, um dos lugares mais incríveis que já conhecemos. Para construir toda essa área, os antigos Khmers reuniram o equivalente a todas as catedrais da Europa em uma área do tamanho de Los Angeles, uma profusão de templos incríveis e icônicos.

As estruturas mais emblemáticas aqui são: Angkor Wat, o maior edifício religioso do mundo, e o Bayon, um dos templos mais estranhos do planeta, com sua enigmática coleção de rostos esculpidos em pedra. Além desses, existe também a Ta Prohm, onde a natureza selvagem invadiu a antiga alvenaria esculpida.

Construída entre 802 e 1432, esta foi a maior cidade do mundo durante a era medieval e a grande potência dos reis Khmer, que se esforçaram para superar seus predecessores na beleza de sua construção.

Angkor Wat

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Esta cidade-templo é o ponto turístico número um no Camboja. Angkor Wat – que significa “Templo da Cidade” –, é o maior e mais magnífico de todos os templos de Angkor e a principal atração turística do país. Construído por volta da primeira metade do século 12 pelo rei Suryavarman 2º, o equilíbrio, a composição e a beleza do templo o tornam um dos melhores monumentos do mundo.

Um enorme reservatório retangular envolve Angkor Wat, que se eleva através de uma série de três terraços retangulares até o santuário central e a torre a uma altura de 213 metros (669 pés). Esse arranjo reflete a ideia tradicional Khmer da montanha do templo, na qual a edificação representa o Monte Meru, que é o lar dos deuses do hinduísmo.

Ta Prohm

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Envolto em uma densa selva, o templo de Ta Prohm tem um aspecto etéreo e evoca uma aura romântica. Figueiras, figueiras-de-bengala e samaumeiras espalham suas raízes gigantescas sobre pedras, sondando paredes e terraços, enquanto seus galhos e folhas se entrelaçam para formar um teto sobre as estruturas. Troncos de árvores se contorcem entre pilares de pedra. “O encanto estranho e assombrado do lugar se entrelaça à medida que você avança, tão inescapavelmente quanto as raízes se enrolam nas paredes e nas torres”, escreveu um visitante há 40 anos.

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Ta Prohm está entre os maiores monumentos do complexo de Angkor. Originalmente, o complexo incluía 260 estátuas de deuses, 39 torres com pináculos e 566 grupos de residências. Ta Prohm compreende uma série de edifícios longos e baixos em um nível, que são cercados por paredes lateríticas retangulares – 600 por 1.000 metros. Apenas vestígios das paredes ainda são visíveis. O centro do monumento é alcançado por uma série de torres conectadas com passagens. Esse arranjo forma uma espécie de “caminho sagrado para o coração do monumento”; galerias de três quadrados cercam a área.

Prepare-se para uma viagem de barco

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Para conhecer bem o Camboja, uma viagem de barco pelo rio Mekong é uma vivência imperdível. Um cruzeiro de lazer ao longo do sinuoso Mekong apresenta uma maneira fascinante de descobrir as partes rurais relativamente desconhecidas e inacessíveis do Camboja, a autêntica vida ribeirinha, a biodiversidade incrivelmente rica e a pluralidade de locais imperdíveis.

O rio nasce no Tibete, passa por Myanmar, Tailândia, Laos, Camboja e entra no Vietnã, onde se abre em um delta, desembocando no Mar da China.

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Além de ser uma importante fonte de alimento e uma ferramenta vital para a irrigação cambojana, o lago abriga 170 aldeias flutuantes que dependem da pesca para sua subsistência, com casas construídas diretamente na água. As casas, lojas, igrejas, escolas e templos dessas aldeias são construídos sobre fundações de boias rústicas de barris amarrados e bambu, e todo o transporte é feito de barco. Uma vida em comunidade completamente diferente de tudo que já vimos.

Viajar para o Camboja foi uma imersão em uma cultura diferente e fascinante, composta por um povo amigável, apesar de tão sofrido pela terrível guerra do Khmer Vermelho – que ainda afeta a vida de muitos e que dizimou um terço da população. Mas também é a terra de belezas naturais inconfundíveis e do incrível Angkor, lugar inacreditável e inesquecível.

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