Alerta: Criminosos roubam celulares para praticar golpes financeiros

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp

Simone Giacometti

Especialistas recomendam usar aplicativos de bloqueio e senhas elaboradas que exigem confirmação. (Foto: Divulgação)

Foi-se o tempo em que a pessoa tinha o celular subtraído para revenda. A menos que o modelo seja novo e valha muito, o objetivo dos ladrões é outro: aplicar golpes financeiros. Por causa da facilidade proporcionada pela tecnologia, a maioria das pessoas mantém aplicativos bancários e e-mails logados, sem dispositivos de proteção. E é aí que os falsários fazem a festa realizando transferências bancárias via Pix, empréstimos e compras online. A prática tem se tornado comum e o fato de o aparelho possuir senha não barra os criminosos. Eles mesmos descobrem as combinações e fazem a troca, dificultando a vida dos donos dos celulares para reaver contas pessoais e empresariais.

O advogado Marco Berberi, mestre e doutor em Direito pela UFPR, procurador do Estado e professor universitário, se dedica há anos ao estudo da tecnologia usada para finalidades ilícitas. Segundo ele, os marginais utilizam muitos meios para acessar as contas bancárias das vítimas e realizar transferências, inclusive o Pix. “Por ser instantâneo, os bancos não conseguem estornar o valor imediatamente, o que pode causar prejuízos maiores. Neste caso, leva mais tempo para reaver o dinheiro”, explica ele.

Berberi recomenda que os bancos sejam comunicados imediatamente sobre a possibilidade de uso indevido do dinheiro e linhas de crédito e orienta fazer o registro de um Boletim de Ocorrência comunicando o furto ou roubo do aparelho. O registro pode ser feito online, diretamente no site da Polícia Civil do Paraná, neste link. “Os bancos podem fazer o estorno, mas isso demora um pouco quando é Pix porque a saída do dinheiro se efetiva automaticamente. E mesmo fazendo o registro do Boletim de Ocorrência e informando o banco, não há garantias de que a instituição financeira fará a devolução. Existem políticas próprias que regulamentam esse setor e que tratam do ressarcimento”, detalha Marco.

Ao longo dos anos de estudo dedicados ao tema, o advogado confirmou que os golpistas se aperfeiçoaram. “Além das transferências, eles conseguem fazer empréstimos e compras na internet com muita facilidade. Geralmente o usuário deixa o e-mail habilitado e ele abre sem necessidade confirmação de perguntas ou senha numérica, direto no celular. Quando alguém esquece uma senha, é comum que ela seja recuperada por um e-mail cadastrado. Aí os criminosos trocam a senha e quem não consegue mais acessar as próprias contas e contratos é o dono do celular”, explica.

Segundo ele, isso pode ser amenizado com a escolha de senhas diferentes para cada aplicativo e exigência de confirmação a cada acesso. “Dá muito mais trabalho ficar confirmando toda hora, mas esse é um hábito que pode ajudar a evitar prejuízos”, orienta. Outra dica é desabilitar o serviço de salvar as senhas automaticamente. Evite usar essa ferramenta, por maior que seja a tentação de praticidade. Quando esse recurso está habilitado, o criminoso invade sua vida financeira com mais rapidez. O ideal é revisar com frequência se alguma senha foi salva por engano e apagar do dispositivo. “Em caso de dúvida, troque as senhas por combinações que tenham símbolos, números, letras maiúsculas e minúsculas”, sugere Berberi.

LEIA TAMBÉM:

Siga-nos no Instagram para ficar sempre por dentro das notícias:


Veja Também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.