Reinaldo Bessa
A região central de Curitiba vai ganhar um charmoso café, em estilo parisiense, um restaurante de alta gastronomia, um espaço para eventos e um roof top lounge-bar, todos no mesmo endereço: o antigo Hotel Eduardo VII – e antes deste Lord Hotel – em frente à Praça Tiradentes, marco zero da cidade. Rebatizado de Viva Curitiba, o edifício, construído na década de 1950 e fechado há quase 30 anos, começará a ser restaurado no início de 2021 para se transformar em um condomínio de apartamentos por assinatura, novo conceito de moradia que está surgindo no mercado. O público final do empreendimento são pessoas mais jovens que precisam de uma residência temporária, com todos os serviços à disposição, incluindo academia, coworking e bicicletas compartilhadas. As unidades serão oferecidas a investidores, que por sua vez as alugarão para terceiros.
Para tocar as quatro operações gastronômicas, os responsáveis pelo empreendimento convocaram o jovem chef curitibano Dudu Sperandio, dono de vários restaurantes badalados da cidade, entre eles o Ernesto Ristorante e a pizzaria Funiculare. O convite partiu do empresário Luiz Fernando Antunes, da VB Construtora, que adquiriu o prédio e decidiu retrofitá-lo, devolvendo ao Centro um de seus edifícios ícones. A empresa fez uma parceria com a Housi, plataforma criada em São Paulo que atua na gestão de empreendimentos com o conceito de moradia por assinatura.
Vista panorâmica
O portal Reinaldo Bessa visitou o local em companhia de Antunes e de Dudu. Chegamos ao topo, no 23º andar, pela escada já que os elevadores estão desativados há anos. O esforço valeu a pena. A vista lá de cima é muito compensadora. Vê-se Curitiba de um ângulo de 360º, mesma visão que os futuros clientes terão principalmente nos dias de verão. Finalmente, a cidade terá um roof top literalmente à altura para chamar de seu. Dudu está otimista com o projeto. Ele e Antunes são amigos de infância. “Acredito que o restaurante e o roof top são operações não só para os curitibanos, mas também para turistas”, diz o chef. Segundo ele, o lounge-bar do topo do prédio terá capacidade para 40 pessoas e ele acredita que será um espaço bem concorrido.
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Luiz Fernando Antunes, filho do proprietário do edifício, conta que a família adquiriu o imóvel em 2008 com a intenção de reabri-lo como hotel em parceria com a rede Blue Tree. Não deu certo e o projeto ficou parado dez anos, até que surgiu a ideia a ideia de transformá-lo em residências de curta duração, sem o conceito tradicional de hotelaria, o que o torna atrativo para investidores, segundo Antunes. A ideia, diz o empresário, é que os apartamentos sejam usados só para dormir. Ao todo, serão disponibilizadas 144 unidades distribuídas nos primeiros 18 andares, todas equipadas com móveis e enxoval. A menor unidade, de 25 m², custará a partir de R$ 240 mil para o investidor.
Espaço memória
O interior do prédio está repleto de entulhos, de móveis e eletroeletrônicos, como televisores antigos, e aparelhos de telefone. São centenas empilhados nos corredores. Caminhar por ali é testemunhar a história de um dos locais mais chiques da Curitiba de décadas atrás. Segundo Luiz Fernando Viana, já foram
retirados do local quatro toneladas de tecidos entre carpetes e cortinas. Mas nem tudo será descartado. Muita coisa será restaurada para compor uma exposição permanente sobre a história do edifício, que ficará no segundo andar, no espaço para eventos. Entre as intervenções previstas, estão a remodelação da fachada, que ganhará novas esquadrias e uma marquise de vidro, além de uma nova entrada. O acesso ao café será na esquina da Avenida Marechal Floriano Peixoto com a Rua Cândido de Leão. “Temos certeza que vai se tornar um ponto turístico e todo o entorno vai melhorar”, aposta Luiz Fernando Viana. O investimento no projeto é de aproximadamente R$ 30 milhões e a previsão de entrega é para o primeiro semestre de 2022. Até lá, é esperar que a pandemia dê ao menos uma trégua e segurar a ansiedade para desfrutar dos novos espaços.
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14 comentários em “Antigo hotel de luxo de Curitiba será revitalizado e ganhará café, restaurante e um lounge-bar no roof top”
“Lounge-bar” ? “roof top”? Que diabos são essas coisas ? Sala de estar; plataforma superior. Na nossa língua há formas inúmeras de dizer qualquer coisa, sem necessidade de americanismos como esses que não tornam a matéria sofisticada, elegante ou atraente. Tornam-na pobre de espírito, pobre de cultura, pobre de idioma e cafona. Brega. Breguíssima. Horrível.
Excelente ponto. Eu ainda adiciono o absurdo ‘retrofitá-lo’, do ingles retrofit. Mais elegante seria dizer ‘remodelação’.
Engraçado que a galera que reclama dos termos em inglês devem ser as mesmas que ficam esperando a “Black Friday” e frequentam “bistrôs” …. vamos nos atualizar pessoal??? Existem termos que não tem como traduzir pq perde toda a lógica!!
Só concordo que ficou feio o retrofita-lo, uma vez que essa palavra nem existe no português e já transformaram em verbo
Me desculpem os antigos. .. Mas estas palavras são bem utilizadas e conhecidas hoje em dia. Acho que tá faltando uma modernização mental do povo, sempre criticando TUDO! Achei o projeto sensacional, parabéns aos envolvidos!
Arthur Virmond de Lacerda Neto, concordo com seu comentário. Coisa chata e pernostica ( antigo).
Não acredito achar ruim o uso de termos que são usados em quase todos os idiomas , quase universais e a globalização.
Concordo integralmente com a crítica. Já temos uma língua muito rica. Esse Reinaldo é amigo do meu primo, mas escorrega fácilmente para a cafonice
Parabéns . Que Maravilha Um Cartão de Ouro Para Nossa Curitiba . Localização Perfeita Para o Turista . Um Raio de Muitos Acontecimentos . Amei .
Vão precisar fazer um trabalho de limpeza nas drogas da praça! Quem sabe agora a coisa anda…
Exata. Hotel de luxo na frente de uma boca de
fumo, banheiro a céu aberto, desabrigados e outros perdidos. Se o projeto não contabilizar uma ação social nesse sentido já nasce morto.
MARAVILHA ! OS BACANAS TERÃO UMA OTIMA VISTA O PARA O NÓIAS OS TROMBDINHAS E A BOCA DE LIXO DA CIDADE !!!!
Lamentável a quantidade de gente mal humorada, cheia de mimimi que se prende à detalhes alheios ao foco da matéria.
Parabéns pela iniciativa de revitalizar um edifício icônico da nossa cidade, e o desejo de que se torne um grande sucesso.
Jantei muitas vezes no Restaurante Le roy.
Sofisticação e excelente comida.
Saudsdes
Mais histórias sobre o edifício, vc encontra aqui:
https://www.marceloaraujo.pics/hotel-eduardo-vii