Cadeiras especiais garantem acessibilidade na Ilha do Mel

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Da Redação

A cadeira anfíbia tem pneus adaptados e facilita a circulação de cadeirantes e pessoas com dificuldades para andar. (Foto: Divulgação SEDEST/IAT)

Os banhos de mar e as paisagens das trilhas da ilha, ficaram mais acessíveis graças à adaptação da cadeira, disponibilizada pelo Instituto Água e Terra desde o dia 7 de janeiro deste ano. Órgão vinculado à secretaria do desenvolvimento sustentável e do turismo, o IAT adquiriu quatro cadeiras para uso de moradores e veranistas durante todo o ano, mediante cadastro prévio. Ao todo, 15 pessoas utilizaram o equipamento em um mês, a maior parte durante os finais de semana.

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Dona Francisca Alves de Lima, 75 anos, tinha vontade de visitar a Ilha do Mel, no litoral do Paraná, mas sempre desistia da ideia por conta da dificuldade de caminhar. Quando soube da possibilidade de usar uma cadeira anfíbia com pneus adaptados, decidiu experimentar e aprovou a ideia. O meio de transporte serve para a água e também para a terra.

“É um sonho realizado conhecer a Ilha do Mel”, disse dona Francisca. Moradora de Ivaiporã, no norte do estado, ela estava de férias com a família em Matinhos, quando resolveu visitar os encantos das áreas de preservação da Ilha. “Essa cadeira me ajudou a andar pelas trilhas e me sinto honrada de ter inaugurado o serviço”, afirmou. Para o neto de dona Francisca, Danilo de Lima Frederico, basta pouco esforço para empurrar o equipamento pelas trilhas de areia. “A cadeira é incrível e fácil de empurrar. Conseguimos ir até a beira da praia, que era onde queríamos conhecer”, afirmou.

“Este foi um grande passo para garantir que pessoas com deficiência agora possam andar nas trilhas com areia e usufruir das praias. As cadeiras dão mais qualidade e oferecem acessibilidade para as pessoas que precisam”, disse o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes.

Podem utilizar as cadeiras anfíbias disponibilizadas nas praias de Encantadas e Brasília, todas as pessoas asseguradas pela Lei nº 13.146/2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.

Portadora de paralisia cerebral, Gabrielli Schmitti Ferreira da Silva, de 15 anos, utilizou a cadeira no último sábado. A mãe de Gabrieli, Suzana Maria Schmitti Ferreira da Silva, relatou a experiência. “A cadeira é muito melhor que a de rodas, que não passaria de jeito nenhum nas trilhas. O acesso seria bem mais limitado”, disse. Ela contou que em algumas partes como a Gruta das Encantadas, é difícil de manobrar a cadeira de rodas, devido ao terreno íngreme e com pedras, fruto da característica de preservação que a Ilha do Mel possui.

Áreas preservadas

Cerca de 95% da superfície da ilha constitui uma Estação Ecológica, criada por decreto em 1982. O objetivo é a preservação e reconstituição de manguezais, restingas, brejos litorâneos e caxetais.

Outros 5% do território constitui um Parque criado em 2002 com o objetivo de preservação e reconstituição dos seus ambientes naturais de praia, costões rochosos, importantes remanescentes da Floresta Ombrófila Densa Submontana e de Terras baixas associada à Floresta de Restinga, proporcionando a proteção integral da Diversidade Biológica.

As áreas de preservação possuem como entorno belíssimas praias e atrativos turísticos, como a Fortaleza de Nossa Sra. dos Prazeres, o Morro do Farol e a Gruta das Encantadas, que, ao longo dos anos, transformaram a Ilha do Mel num dos pontos mais visitados por turistas no Paraná.

Parques e reservas

A disponibilização de cadeiras anfíbias durante todo o ano na Ilha do Mel vem ao encontro do Programa Parques Paraná. O programa visa a valorização do desenvolvimento do turismo de forma sustentável nas Unidades de Conservação abertas à visitação pública.

A população dispõe de duas cadeiras na praia de Encantadas e outras duas na praia de Brasília. “Por se tratar de área de preservação, não tem acessibilidade em toda a Ilha do Mel, então as cadeiras anfíbias foram alternativas para garantir o acesso a todas as pessoas nessa Unidade de Conservação”, afirmou o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto.

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