Caminhadas na Natureza terão 160 circuitos no Paraná neste ano; estado prepara circuito permanente inspirado em Santiago de Compostela

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Da Redação

Caminhadas na Natureza terão 160 circuitos no Paraná neste ano; estado prepara circuito permanente inspirado em Santiago de Compostela
Desde a primeira rota, organizada em 2005 em São Miguel do Iguaçu, na região Oeste, as Caminhadas na Natureza ganharam adeptos no Paraná. ( Foto: Emater/Campo Mourão )

Trajetos em meio à natureza, passando por propriedades rurais e destinos que muitas vezes fogem do radar dos turistas constam das Caminhadas Internacionais na Natureza, que já têm 160 circuitos confirmados neste ano no Paraná. O Instituto de Desenvolvimento Rural-Iapar-Emater divulgou o calendário 2020 dos eventos, com roteiros em todo o estado que incluem caminhadas diurnas, noturnas, rotas de cicloturismo e até remada. São opções para todos os gostos, desde cachoeiras até praias.

Desde a primeira rota, organizada em 2005 em São Miguel do Iguaçu, na região Oeste, as Caminhadas na Natureza ganharam adeptos no Paraná. No ano passado, aproximadamente 70 mil pessoas participaram dos passeios. O estado também concentra mais da metade dos cerca de 300 circuitos brasileiros catalogados pela Anda Brasil, a Confederação Brasileira de Esportes Populares, Caminhadas na Natureza e Inclusão Social.

A prática, baseada nas caminhadas surgidas na França em meados do século 20 para incrementar a economia em regiões rurais arrasadas pela Segunda Guerra Mundial, tem por objetivo ajudar a economia rural do interior do estado. “As caminhadas são gratuitas, mas os agricultores sempre têm a oportunidade de servir um almoço ou café da manhã e vender seus produtos”, explica a gestora estadual de Turismo Rural do Instituto Emater, Terezinha Busanello Freire.

Segundo ela, mais do que um esporte saudável, as Caminhadas na Natureza permitem que as pessoas conheçam o meio rural, aprendam a conservar o meio ambiente e a valorizar os produtores locais, além de gerar renda às famílias dos agricultores. Em muitos locais, os moradores preparam um café da manhã para o início do trajeto e um almoço no final, feitos com produtos caseiros, típicos de cada região. Os agricultores também podem vender o que é produzido em sua propriedade, como frutas, verduras, queijos, compotas, geleias e produtos artesanais.

Compostela paranaense

As caminhadas têm em média 10 quilômetros, com percursos que levam em torno de quatro horas. Os roteiros do cicloturismo são mais longos e exigem que os participantes usem a própria bicicleta. De acordo com Terezinha, cada circuito é único, construído a partir da cultura local e levando em conta a história da cidade ou da localidade escolhida. Alguns passam por dentro de propriedades rurais, por trilhas no meio da mata e outros seguem por caminhos com grande apelo turístico, como o Cânion Guartelá, em Tibagi, nos Campos Gerais. Entre os destaques do roteiro estão os circuitos que passam por lugares históricos ou por colônias que mostram o trajeto da imigração do Paraná, caso do Caminho de Peabiru, parte do trecho paranaense de uma antiga rota utilizada por indígenas antes da chegada dos colonizadores europeus, que ligava o Litoral brasileiro à região dos Andes, no Peru.

Também estão sendo preparados roteiros voltados especificamente para atividades de agricultura familiar, como rotas do queijo, do café, de flores e de frutas, que têm foco no turismo de experiência e na imersão nas propriedades rurais. Estão previstas, ainda, a criação de circuitos permanentes de caminhadas no Paraná, a exemplo do Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha.

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