Casal de Curitiba que fez campanha do novo Polo, da Volkswagen, sofre ataques homofóbicos

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Vanda Ramos

Diego (à esq.) e Murilo na campanha do novo Polo da Volkswagen (Foto: Reprodução)

O casal de Curitiba Murillo e Diego Xavier continua em meio a ataques homofóbicos devido a uma campanha publicitária que ambos fizeram no ano passado. Casados há pouco mais de um ano, Diego, que é jornalista e Murilo, administrador, foram convidados pela Volkswagen do Brasil para estrelar a propaganda do novo Polo. Bastou para que as postagens da campanha nas redes sociais se enchessem com comentários agressivos, depreciativos e até criminosos.

No último dia 6, a montadora retomou a campanha e voltou a postar imagens do casal em suas redes, e os ataques homofóbicos recomeçaram, mas desta vez extrapolaram as redes sociais e chegaram até a família de Diego. O sobrinho e a irmã dele foram atacados verbalmente na cidade de Cambé, no Norte do Paraná. Diego conta que também ouviu insinuações homofóbicas no restaurante em que almoçava nesta quinta-feira (12), em Guarapuava, onde estava a trabalho.

Várias pessoas e entidades como a Aliança Nacional LGBTI+, da qual Diego é integrante, passaram a defender o casal e a publicidade da montadora e a denunciar os agressores. “Estamos aguardando as orientações do nosso advogado, mas já vamos fazer um boletim de ocorrência sobre esta situação. Homofobia é crime. As pessoas precisam saber que não é porque estes comentários são feitos em ambiente virtual que elas estão isentas”, diz.

Ele ressalta a importância do processo formativo e educativo sobre a questão e destaca números alarmantes: a cada 19 horas um LGBTQIA+ é assassinado no Brasil e a cada duas horas um é vítima de algum tipo de violência.

Posicionamento

Em nota enviada ao portal, a Volkswagen destaca que a premissa da marca é garantir um comportamento respeitoso e inclusivo e que lançou uma cartilha de Diversidade & Inclusão para toda sua cadeia de fornecedores e rede de concessionárias no Brasi, além de desenvolver debates com seus funcionários, em todas as esferas hierárquicas.

“Acreditamos que cada pessoa, de diferentes raças, etnias, gênero, orientação sexual e idade/geração tem experiências únicas, que somadas contribuem para fortalecer não somente a cultura da empresa, mas também o ambiente em que vivemos. Temos como responsabilidade continuar aprendendo de que forma podemos contribuir para a luta contra qualquer forma de preconceito, pois consideramos fundamental conciliar as diferenças para a construção de uma sociedade justa para todos”, diz a nota.

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