Da Redação
A bucólica Morretes é a segunda cidade com maior número de casos de Covid-19 no litoral do Paraná. Os boletins divulgados pela Secretaria Municipal da Saúde mostram que o município acumula mais de 120 infectados, com nenhum óbito registrado. Como estratégia para reduzir o impacto da doença na cidade, a prefeitura e o Morretes Convention & Visitors Bureau lançaram nesta segunda-feira (06) a campanha “Morretes Destino Certo”, que visa proteger a saúde da população como solução para a retomada da economia local, muito dependente de turistas. A campanha está disponível nos canais @prefmorretes, @visitemorretes e no Youtube.
A iniciativa reforça medidas já regulamentadas pelo município, como obrigatoriedade do uso de máscara, proibição de aglomerações e protocolos rígidos de distanciamento social, além da fiscalização com barreiras sanitárias. O impacto das medidas adotadas – entre elas a proibição da entrada de pessoas que não residem em Morretes, desde o dia 9 de abril – afetou diretamente o turismo da cidade, que já registra prejuízo de aproximadamente R$ 8 milhões entre os meses de março e junho.
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De acordo com o levantamento realizado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), mais de 40% da população ativa de Morretes está empregada direta ou indiretamente pelo setor de turismo. O número também gera impacto na arrecadação de impostos do município, principalmente de ISS. “De forma indireta, todos dependem do turismo, porque a economia recebe uma injeção grande desse setor há muitos anos. A interrupção das atividades impacta bastante a cidade”, comenta o presidente do Morretes Convention & Visitors Bureau, Lourenço Malucelli.
Empreendedora do setor do turismo na região, Tatiana Perim afirma que a urgência no momento é conscientizar a população para que as medidas de contenção da doença sejam seguidas e a retomada do turismo aconteça o mais rápido possível. “É imprescindível que toda a população adote as medidas preventivas para evitarmos um avanço acelerado da doença. O quanto antes contermos os índices na cidade, mais rápido poderemos pensar na reabertura cautelosa do turismo, que é uma das principais fontes de renda da região”, diz.