Coluna Construção e Moradia e a sustentabilidade no mercado imobiliário: as soluções além do óbvio

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Gabriel Falavina – Altma Incorporadora

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Curitiba é uma das cidades com mais relevância quando o tema é sustentabilidade na Construção Civil. (Foto: Daniel Castellano)

Escrever sobre a sustentabilidade na Construção Civil é tratar de uma tendência que é cada dia mais forte no Brasil. Nosso país, infelizmente famoso por ocupar os últimos lugares em tantos rankings, é surpreendentemente o 4º lugar no mundo quando o assunto é construções sustentáveis.

Curitiba, por sua vez, é uma das cidades com mais relevância nesse tema. Sem bairrismo, nossa cidade verde tem a edificação com a maior pontuação LEED Platinum da América Latina (sede da RAC Engenharia), além do primeiro prédio corporativo do mundo com autossuficiência em água (Edifício Eurobusiness).

Mas antes de avançar nesse tema, eu gostaria de alinhar alguns pontos: O que é sustentabilidade? Quando faço essa pergunta, costumo escutar muito sobre preservação do meio ambiente, energias renováveis, entre outras questões ambientais. As respostas costumam ser acuradas, mas é importante compreendermos que sustentabilidade vai muito além disso.

Pilares da sustentabilidade

O conceito de sustentabilidade, assim como do desenvolvimento sustentável, é amparado por três pilares: econômico, social e ambiental. Traduzindo para o mundo dos imóveis, o conceito de moradia sustentável é mais do que um conjunto de sistemas de captação e reuso de água da chuva ou de geração de energia com placas fotovoltaicas.

Um empreendimento imobiliário tem forte impacto na relação social entre as pessoas que ali vivem, além da interação dessa edificação com seu entorno. Uma simples fachada pode impactar positivamente o meio ambiente ao utilizar tecnologias autolimpantes. Também pode gerar sustentabilidade social ao criar a integração ideal entre o interno e o externo, além de gerar uma sustentabilidade ambiental e econômica através de tecnologias de isolamento térmico. Isso representa, além de conforto superior, menor consumo com ar condicionado e aquecedores durante o ano e, por consequência, menos impacto no bolso do proprietário.

O cuidado com a eficiência lumínica, por exemplo, pode resultar em menor gasto nas áreas privativas e comuns. E isso acontece não apenas com soluções como sensores de presença e a escolha de lâmpadas de LED. Considerar, no projeto arquitetônico, o aproveitamento da luz natural nos ambientes internos do empreendimento, através de posição solar e disposição das janelas, tem impacto também no conforto e economia de energia, tanto com relação à iluminação, quanto na questão térmica, que pode ser otimizada com vedações, esquadrias e técnicas que aumentam a eficiência nesse aspecto.

Soluções que contribuem

Considerando os três pilares da sustentabilidade, um empreendimento pode oferecer ainda mais soluções que contribuam com o desenvolvimento da cidade, do país e do mundo. Um projeto que faz uso inteligente dos espaços, reduzindo corredores e ampliando a relação entre moradia por m² construído, é mais sustentável. Até mesmo a oferta de algumas conveniências podem fazer a diferença do ponto de vista do meio ambiente. É o caso das hortas comunitárias, fachadas verdes, jardins suspensos e também dos condomínios com estações de recarga de baterias automotivas na garagem, compartilhamento de bikes e carros elétricos, ou convênio com aplicativos de carona, para incentivar a redução do número de carros por habitante.

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Enfim, a sustentabilidade é a pauta da vez em diferentes setores e não é diferente com a Construção Civil e a moradia. Pensar os projetos considerando o impacto de cada escolha para o planeta é uma forma responsável de oferecer o melhor não apenas para as atuais, mas também para as futuras gerações. Até a próxima coluna.

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