A população brasileira de pets já é a terceira maior do mund. Segundo dados do Instituto Pet Brasil, o país já tem 149 milhões de animais nas residências. E como em muitos lares eles já são parte da família, também são levados em conta na hora da compra de um imóvel. Diante deste cenário, muitas construtoras e incorporadoras têm se adaptado para atender esta demanda em empreendimentos. “Os profissionais quando pensam em projetos de edifício já colocam em mente diferentes tamanhos de garden, a depender da estrutura do condomínio. Sabemos que esses locais não são utilizados somente para crianças brincarem, por exemplo, mas para o bem-estar dos animais”, diz o engenheiro civil Robert Schneider, do Grupo Andrade Ribeiro
A médica veterinária Jéssica Sperandio mora em um condomínio no bairro Campo Comprido, em Curitiba, com sua gata, a Gigi. Dentro de casa, por exemplo, Jéssica tem todo o cuidado com sua melhor amiga felina. Por isso escolheu um apartamento com garden para morar, espaço que é comumente escolhido por moradores com pets na família. A gatinha gosta de aproveitar as áreas comuns entre os prédios para passear, seja na calçada, na grama ou em meio às plantas. Jéssica a conduz com uma guia e as duas aproveitam o tempo juntas no condomínio. “Algo importante, por exemplo, é ter nas áreas verdes plantas que não sejam tóxicas. Acho essencial que o condomínio entenda as necessidades de os pets andarem sob guia e companhia livremente por todos os espaços com natureza, já que isso promove redução na ansiedade, diminui incômodos dentro dos apartamentos, como excesso de latidos e estimula a cognição. Como neurologista veterinária entendo isso essencial para a saúde cerebral”, diz.
Espaços comuns também para pets
No caso dos espaços externos, ou das áreas comuns de um condomínio, o engenheiro aponta que as rotinas de passeio e lazer dos pets com seus tutores é um ponto considerado importante para estruturar um empreendimento. “Os animais de estimação passaram de fato a ser parte da família. Seus horários, espaços de banho de sol, lazer e convivência não podem se restringir aos apartamentos. Por isso os condomínios são pensados com áreas comuns amplas, com muito verde, espaços pets, além de outros locais, como aqueles para a convivência em geral entre os condôminos (espaço zen, por exemplo). Afinal, se eles são parte da família, também podem estar nesses locais”, afirma o engenheiro.
Jéssica também acredita que o condomínio, em geral, as áreas comuns devem estar mais abertas à integração com os pets. “Algo importante, por exemplo, é ter nas áreas verdes plantas que não sejam tóxicas. Acho essencial que o condomínio entenda as necessidades de os pets andarem sob guia e companhia livremente por todos os espaços com natureza, já que isso promove redução na ansiedade, diminui incômodos dentro dos apartamentos, como excesso de latidos e estimula a cognição. Como neurologista veterinária entendo isso essencial para a saúde cerebral”, conclui Jéssica