Cooperativismo em tempos de pandemia; ações práticas de solidariedade

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Simone Giacometti

A venda de 6 mil máscaras garantiu a compra de um aparelho de hemodiálise para o Hospital
Beneficente Moacir Micheletto, de Assis, no Paraná. (Foto: Divulgação C.Vale)

Compartilhar no mais amplo sentido da palavra. Essa tem sido a tônica que movimenta uma corrente do bem promovida por cooperativas paranaenses que resolveram colocar em prática ações positivas para amenizar os impactos da crise econômica e emocional que assola o país desde o início da pandemia. Há tempos os princípios do cooperativismo não se faziam tão necessários. Entre eles, está a ideia central de união das pessoas em torno de um trabalho conjunto que possa ser forte o suficiente para mudar uma realidade.

Tomando como base essa proposta o Dia C – Dia de Cooperar – realizado durante todo mês de julho, resultou na maior arrecadação de donativos da história do evento criado para estimular atividades voluntárias junto à comunidade. A C.Vale, cooperativa que conta com 12 mil funcionários e 22 mil associados espalhados por 156 unidades de negócios nos estados do Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do
Sul e no Paraguai,
garantiu a arrecadação de mais de 42 toneladas de alimentos, 5.300 peças de roupas, 6.700 itens de produtos de limpeza, além dos recursos para compra de equipamentos hospitalares.

Os donativos foram distribuídos para famílias que passam por dificuldades econômicas causadas pela pandemia. (Foto: Divulgação C.Vale)

Por conta das restrições impostas pelo novo coronavírus, a diretoria resolveu incentivar a humanização da gestão. O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, explica que a pandemia exigiu mudanças em todas as unidades. “Para garantir a saúde dos mais 12 mil funcionários e a continuidade das atividades da  C.Vale, mobilizamos recursos financeiros e humanos a fim de atender aos protocolos recomendados pelas autoridades de saúde. Nos abatedouros de aves e peixes, por exemplo,  adotamos medidas como a criação de centros de triagem, sanitização de ônibus e áreas de uso comum, fornecimento de máscaras e álcool gel. Cuidados como distanciamento, afastamento de funcionários de grupos de risco, instalação de anteparos de acrílico, aquisição de câmeras que fazem verificação da temperatura corporal também passaram a ser utilizados”, disse ele.

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As medidas conseguiram manter o número de funcionários contaminados em níveis reduzidos e asseguraram a preservação de uma cadeia produtiva complexa. Só os segmentos frango e peixe empregam mais de 7.800 trabalhadores na C.Vale.

Ainda segundo Alfredo Lang, a nova rotina física demonstrou aspectos positivos que ele destaca: “Maiores cuidados com a higienização de ambientes e pessoas. Também mudou a forma de se fazer reuniões, treinamentos e encontros. Quase tudo passou a ser virtual. Os avanços tecnológicos permitiram isso e boa parte dessa mudança vai ser incorporada após a pandemia. É mais rápido, mais prático e reduz custos fazer encontros virtuais”.

Sicredi promove ação em Ponta Grossa

A ações solidárias estão sendo realizadas por vários segmentos cooperativos. Nesta semana o Sicredi Campos Gerais PR/SP, umas das 108 cooperativas do Sicredi que atua em Curitiba e região metropolitana realizou a doação de uniformes dos funcionários que estavam em bom estado, com parte deles transformados em roupinhas para crianças. A gerente de Desenvolvimento do Cooperativismo Juliana Denck, falou sobre a sensação de bem estar ao praticar a doação.

“Essa ação promove a sustentabilidade porque além de dar um destino correto aos uniformes os transformando em lindas roupinhas para as crianças, aproxima a cooperativa da comunidade colocando em prática o sétimo princípio do cooperativismo, que é desenvolver a comunidade onde a gente está inserida”, finalizou.

Ao todo, foram entregues 340 peças de roupas para o diretor executivo da União da Comunidade dos Estudantes e Profissionais Haitianos (UCEPH), Wilzort Cenatus. A associação presta auxílio a imigrantes haitianos e cubanos, muitos em situação de vulnerabilidade social, especialmente neste período de pandemia. Além das roupas, foram entregues revistas em quadrinhos da Turma da Mônica sobre educação financeira, desenvolvidas pela Mauricio de Sousa Produções em parceria com o Sicredi.

“Eu tô muito feliz por ter recebido essa doações. Esses materiais serão muito usados pela comunidade. Com a pandemia, o apoio aos imigrantes é muito importante”, agradeceu Wilzort Cenatus.

Cooperativismo no Paraná

No Paraná as cooperativas contam com o Sistema Ocepar, que agrega as principais cooperativas do estado com suporte técnico, economico e organizacional. Várias parcerias com o governo do Paraná estão em andamento. Uma delas é a ação que integra as atividades programadas para o mês do Meio Ambiente, em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, que será comemorado neste sábado (5).

No Paraná a destinação correta de resíduos é feita em conjunto com os agricultores, com o recolhimento das embalagens vazias de agrotóxicos. O agricultor, no ato da compra já recebe a orientação de que é obrigatória fazer a tríplice lavagem, quando aplicável, e da necessidade de entrega do resíiduo nas unidades de recebimento.

A metodologia coloca o Paraná em segundo lugar no ranking nacional dos estados que mais dá a destinação correta às embalagens de veneno agrícola, de acordo com indicativo do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV).

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