Coordenador do Museu do Holocausto de Curitiba diz que declaração de Monark é uma deturpação da liberdade de expressão

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Ds Redação

O youtuber Monark que fez declarações nazistas no podcast Flow, apresentado por ele (Foto: Reprodução Youtube)

O coordenador geral do Museu do Holocausto de Curitiba, Carlos Reiss, confirmou ao portal o convite feito ao youtuber paulista Bruno Aiub, conhecido como Monark, para que visite a instituição após ele defender a criação do partido nazista no Brasil durante conversa com os deputados federais Kim Kataguiri (DEM) e Tabata Amaral (PSB) no podcast Flow. O convite foi feito nas redes sociais do museu nesta terça-feira (8), após a ampla repercussão do caso.

“Como sempre fazemos nesses episódios lamentáveis que têm acontecido cada vez mais, procuramos seguir uma linha mais construtiva, que ajude nossa linha de conscientização da sociedade”, disse Reiss sobre a ideia de convidar o youtuber a conhecer o museu. O espaço foi inaugurado há dez anos no Centro Israelita do Paraná e é o único do Brasil dedicado a mostrar o Holocausto do povo judeu. Para ele, a declaração de Monark é uma deturpação da liberdade de expressão.

Reiss disse ainda que a instituição está atenta a outras possíveis manifestações e comentários ofensivos à comunidade judaica. “Caso apareça alguma manifestação vamos responder”, afirmou.

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Entenda

Nesta segunda-feira (07), o youtuber Monark defendeu no podcast Flow a criação de partidos nazistas no Brasil. A fala em defesa do partido nazista aconteceu quando o bate-papo com os deputados Kim Kataguiri e Tabata Amaral discutia os papéis da direita e esquerda no Brasil. “Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei”, disse o podcaster.

O youtuber Monark foi desligado do Estúdios Flow nesta terça-feira (08). O anúncio foi feito em comunicado postado nas contas do podcast Flow nas redes sociais. No texto, o Estúdios Flow também se desculpa com a comunidade judaica e com os fãs do projeto.

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