Três meses após primeiros casos, Covid-19 acelera no Paraná, diz Secretaria da Saúde

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Da Redação

Três meses após primeiros casos, Covid-19 acelera no Paraná, diz Secretaria da Saúde
A curva da infecção por coronavírus acelerou consideravelmente nos últimos 30 dias no Paraná. (Foto: José Fernando Ogura/AEN)

O Paraná completa nesta sexta-feira (12) três meses da confirmação dos primeiros casos de coronavírus com um alerta: a curva da infecção acelerou consideravelmente, especialmente nos últimos 30 dias, informa a Secretaria da Saúde do estado. Segundo o boletim epidemiológico da secretaria, no dia 12 de maio eram 1906 casos confirmados e 113 óbitos em decorrência da Covid-19. Já o levantamento desta quinta-feira (11) mostra 8457 infectados, um aumento de 344%. O número de pessoas residentes no estado que morreram aumentou 148%, chegando a 280 registros. Os casos recuperados somam 2887 pessoas. Nesta quinta-feira (11), a doença alcançou 295 cidades, ou 74% do estado.

Apenas no mês de junho foram 3779 confirmações (ou 44% do total) e 99 mortes (35%), o que fez o governo reforçar a orientação para medidas de isolamento social e também sanitárias e preventivas. “Contamos com apoio da população para ajudar a controlar a circulação do vírus, adotando medidas simples como o uso da máscara. Somente assim evitamos a adoção de uma atitude mais drástica”, diz o governador Ratinho Jr.

Os primeiros casos de Covid-19 no Paraná foram confirmados no dia 12 de março. Na ocasião, a Secretaria da Saúde registrou seis infecções, mas nenhum óbito. Em abril, um mês depois, também de acordo com o boletim epidemiológico da SESA, passou para 738 casos e 30 mortes. Alcançou 1906 casos e 113 mortes no dia 12 de maio, até chegar aos números atuais. O secretário da Saúde, Beto Preto, destaca que o governo trabalha para reequilibrar os números para evitar a opção por um isolamento mais severo. “Podemos tomar a medida de confinamento, o chamado lockdown, se for necessário, apesar de todo o trabalho para que isso não aconteça. Daqui a pouco vamos ter mais pessoas internadas, mais leitos ocupados, mais gente procurando as unidades de saúde. O sistema pode, sim, colapsar se a curva continuar neste ritmo de crescimento”, alertou. O secretário, no entanto, diz que segue apostando no isolamento social como fator decisivo para se evitar o lockdown em algumas regiões do Paraná. “O momento é de exercer o isolamento domiciliar e o distanciamento social como verdadeiros remédios para essa pandemia”, afirma.

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Apesar do aumento considerável no número de mortes e casos confirmados nos últimos dias, o Paraná segue com o menor índice de incidência da doença do país, de acordo com a Secretaria da Saúde. Levantamento do Ministério da Saúde divulgado na quarta-feira (10) mostra que o estado apresenta uma taxa de 74 casos por 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais, com 87,1. Já os demais estados da Região Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, apresentam 180,8 por 100 mil habitantes e 124,5 por 100 mil habitantes respectivamente.

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