Curitiba adere a pacto global pela proteção da biodiversidade integrado por grandes metrópoles do mundo

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Da Redação

Curitiba adere a pacto global pela proteção da biodiversidade integrado por grandes metrópoles do mundo
O Parque Pinhal de Santana é a mais recente Unidade de Conservação criada pela prefeitura de Curitiba. (Foto: Pedro Ribas/SMCS)

Curitiba é uma das cidades signatárias do Pacto de Montreal, lançado na COP-15, conferência global das Nações Unidas (ONU) pela biodiversidade que ocorre em Montreal, no Canadá, desde a última semana. O evento, que vai até a próxima segunda-feira (19). Além de Curitiba, aderiram ao pacto Barcelona, Bogotá, Buenos Aires, Freetown (Serra Leoa), Londres, Milão, Paris, Yokohama e Los Angeles, todas integrantes da Rede C40. Em ofício encaminhado no início do mês à prefeita de Montreal, Valérie Plante, o prefeito Rafael Greca destacou que Curitiba é reconhecida como Cidade Verde e reforçou o compromisso da administração com “um futuro melhor e mais sustentável para todos”.

“O documento orientará a elaboração de políticas públicas e servirá de base para o desenvolvimento de atividades voltadas à redução das ameaças à biodiversidade, compartilhar seus benefícios, melhorar os processos de governança e promover ações educativas sobre o tema”, escreveu Greca na carta à colega canadense, ao colocar-se à disposição para a cooperação em projetos internacionais.

A secretária Municipal do Meio Ambiente, Marilza do Carmo Oliveira Dias, lembrou que Curitiba já possui há décadas uma política ambiental sólida na proteção de áreas verdes, garantindo a integridade do habitat natural de diversas espécies. “Apenas entre parques e bosques, temos 45 unidades de conservação”, diz. A última delas entregue é o Parque Pinhal de Santana, no Campo de Santana, na Regional Tatuquara, que preserva uma área de bosque nativo com araucárias.

O pacto

Um milhão de espécies no mundo estão em risco de extinção, enquanto a poluição e as mudanças climáticas estão acelerando a degradação dos oceanos. As espécies estão desaparecendo a uma taxa não vista em 10 milhões de anos e até 40% das superfícies terrestres são consideradas degradadas, de acordo com uma avaliação do relatório global da ONU de 2022. Levando isso em conta, a prefeitura de Montreal anunciou o acordo com 15 ações que incluem o aumento das áreas verdes protegidas, redução do uso de pesticidas e esforços para eliminar o uso de plástico. “As cidades estão testemunhando de perto a perda da biodiversidade e os seus efeitos devastadores”, afirmou Valérie Plante em um comunicado.

As 15 ações são divididas em três frentes:

Reduzir riscos à biodiversidade

• Integrar a biodiversidade ao planejamento territorial e regulatório
• Recuperar e reabilitar ecossistemas e as suas relações
• Conservar ambientes naturais existentes por meio de áreas protegidas e outras medidas
• Assegurar conservação e recuperação de espécies vulneráveis, selvagens e domésticas; e gerenciar suas interações com os humanos
• Controlar ou erradicar espécies exóticas invasoras para eliminar ou reduzir seus impactos
• Reduzir a poluição de todas as fontes a níveis que não afetem a biodiversidade, o ecossistema e a saúde humana
• Buscar eliminar o descarte de plástico
• Buscar reduzir o uso de pesticidas em, pelo menos, dois terços
• Contribuir com a mitigação das mudanças climáticas e medidas de adaptação com soluções baseadas na natureza.

Compartilhar benefícios

• Garantir que as zonas urbanas de agricultura, aquicultura e silvicultura sejam acessíveis, geridas de forma sustentável e contribuam para a segurança alimentar
• Priorizar soluções baseadas na natureza para proteger contra eventos climáticos extremos e perigosos e para regular a qualidade do ar e da água.

Soluções, governança, gestão e educação

• Aumentar a quantidade de espaços verdes e melhorar o acesso equitativo a eles
• Integrar a biodiversidade em estruturas de governança e políticas públicas e aumentar os recursos financeiros alocados para sua conservação e uso sustentável
• Por meio da educação e participação cidadã, garantir que pessoas e empresas sejam incentivadas a fazer escolhas responsáveis ??em relação à biodiversidade e tenham os recursos e conhecimentos para fazê-lo
• Assegurar a participação equitativa e efetiva dos povos indígenas e comunidades locais na tomada de decisões e no processo de aquisição e transmissão de conhecimento.

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