A Prefeitura de Curitiba anunciou, nesta quinta-feira (11), a compra de 70 ônibus elétricos, um investimento de R$ 200 milhões dentro do programa de eletromobilidade do município. Os primeiros veículos devem começar a rodar na capital paranaense entre maio e junho de 2024.
Do total de ônibus elétricos a serem adquiridos, 28 serão articulados e 42 modelos Padron. A primeira linha a receber os modelos será a Interbairros II. O projeto contempla ainda a utilização de veículos zero emissões no novo Inter 2 e no BRT Leste/Oeste.
Os fabricantes devem ser definidos com base nos testes em curso na cidade, que envolvem as empresas Volvo, Mercedes, Eletra, Marcopolo, BYD e Higer. “Temos oito veículos homologados para testes até outubro deste ano, que serão avaliados de acordo com autonomia, segurança e conforto do passageiro”, disse Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), no evento Workshop Modelos de Negócio para Eletromobilidade, realizado no Complexo Imap do Parque Barigui, no qual foi feito o anúncio da compra.
Sem emissão de CO2 e ruídos, o ônibus elétrico é considerado o futuro da mobilidade nas grandes cidades e é uma das principais agendas de Curitiba para os próximos anos, dentro do compromisso de reduzir a emissão de poluentes. No médio prazo, até 2030, 33% da frota de ônibus da cidade deverá operar com emissão zero, alcançando 100% até 2050, como parte do Plano de Ação Climática (PlanClima), alinhado às ações globais de sustentabilidade.
Primeiros testes
Em abril, tiveram início os primeiros testes técnicos com um ônibus elétrico da chinesa BYD no transporte coletivo. O modelo articulado está circulando, sem passageiros, pelas rotas das linhas Interbairros II, Inter 2 e no Eixo Leste/Oeste. Nos próximos dias devem começar os testes com a fabricante brasileira Eletra.
“Estamos iniciando o processo de migração para a matriz elétrica, não poluente. Trata-se de uma tecnologia nova, que precisa ser avaliada dentro da realidade do transporte coletivo. O teste técnico é muito importante para medir qual é a performance dos diversos modelos elétricos, mapear resultados e ainda verificar possíveis desafios”, afirmou Maia Neto.
Segundo ele, o modelo de aquisição dos veículos está sendo estudado. “Podemos ter um modelo privado, público, híbrido, com a participação pública e privada, ou ainda com o abastecimento separado. Estamos avaliando todas as possibilidades para escolhermos a melhor opção para Curitiba”, confirmou.
Com a compra dos veículos, o município vai preparar a infraestrutura de apoio, com a implantação de melhorias viárias, requalificação de ruas, estações-tubo e pontos de recarga nas garagens das empresas de ônibus e em áreas públicas da capital.
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