Curitiba tem se destacado cada vez mais como uma vitrine do mercado imobiliário no Brasil. A forte notoriedade neste segmento tem posicionado a capital paranaense, inclusive, como uma referência importante para o que especialistas chamam de ‘novo luxo’. Em março deste ano, Curitiba já havia lançado 59 empreendimentos nos 12 meses anteriores, sendo 28 deles de alto padrão a super luxo, o que representa crescimento anual de 24,5% na categoria.
De acordo com a coordenadora de lançamentos da Casa Prates Imóveis, uma das principais imobiliárias de Curitiba, Melissa Sereniski, essa tendência tem contribuído para um crescimento considerável, inclusive, na procura por imóveis com padrões cada vez mais elevados. “Só no primeiro trimestre deste ano, percebemos um aumento significativo de 12% na venda de imóveis em Curitiba, sendo que 30% desse volume está focado no segmento de luxo”, afirma. Os dados citados pela especialista são da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR).
Para Melissa, Curitiba era vista como uma cidade de menor expressão em termos de mercado de luxo, mas agora vem se equiparando aos maiores centros urbanos do país, como São Paulo. “A expectativa é que, com a continuidade dessa tendência, a cidade passe a se consolidar efetivamente como um dos principais destinos do novo luxo no Brasil, oferecendo imóveis que não apenas atendem às exigências do público de alto padrão, mas que também redefinem o significado de morar bem”, afirma a coordenadora de lançamentos.
Outro fator relevante que tem impulsionado o mercado de imóveis de luxo em Curitiba são índices econômicos da cidade e do estado. Com um aumento de 7,8% em relação a 2022, o Paraná registrou o maior crescimento econômico do Brasil no ano passado, sendo 3 vezes maior que o índice de crescimento nacional. Os dados fazem parte do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), disponibilizados nesta quinta-feira (22) pelo Banco Central e coletados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). O conceito não se limita a apenas a estética, maior metragem ou localização privilegiada, mas em uma experiência completa que o imóvel oferece. “É diferente de ostentação. O grande alvo é o bem estar. São empreendimentos com uma formatação arquitetônica diferenciada e que vem sendo marcada, principalmente, pela assinatura de renomados arquitetos e a contribuição de artistas na construção dos espaços. Além de tecnologia embarcada, as áreas das unidades e espaços comuns são pensados para trazer mais natureza e bem estar para dentro de casa. No geral, ambientes para viver e receber de forma mais prática e descolada.”, exemplifica a especialista.
Curitiba por sua vez, foi a capital com o maior crescimento de PIB entre os anos de 2006 e 2021, sendo eleita, este ano, a 2ª melhor capital para implantação de startups, além de ser classificada no Índice Desafios da Gestão Municipal 2021 (IDGM) como a melhor capital para se morar do país.
Para Melissa, esse cenário promissor movimenta o padrão de consumo e migração da população e tem levado construtoras e incorporadoras a elevarem a qualidade dos seus projetos construtivos, buscando posicionar seus empreendimentos para o segmento de luxo. “Esse movimento estratégico não só agrega valor aos produtos oferecidos como também se alinha ao crescente interesse dos consumidores por imóveis que refletem o conceito de viver bem”, finaliza.