Da Redação
O Paraná vai ganhar o Palácio da Seda, que funcionará como polo agregador de moda, turismo e cultura aliado ao estímulo à produção da seda. O estado responde por 83% de toda a produção nacional do fio. O anúncio da criação do Palácio da Seda em Curitiba foi feito pelo governador Ratinho Jr. nesta quinta-feira (22) durante participação virtual no I Congresso Internacional da Associação Brasileira da Seda (Abraseda) e 37º Encontro Estadual de Sericicultura, que ocorrem em Londrina. Ratinho foi representado nos dois eventos pelo governador em exercício Darci Piana.
Em fase final da elaboração do projeto, o Palácio da Seda será instalado na Casa Andrade Muricy, na Alameda Dr. Muricy esquina com a Rua Saldanha Marinho, no Centro. De acordo com o governador, ele está sendo projetado para ser um espaço cultural pulsante que reunirá arte, ciência, exposições e incentivo à criatividade do design com a seda. “A cultura da seda dá ao Paraná um lugar privilegiado por produzir o fio com maior qualidade do mundo. Vamos instalar o Palácio da Seda em um prédio histórico de Curitiba com o objetivo de transformá-lo em referência internacional. Vai representar o potencial e a liderança do Paraná na produção da seda”, afirmou Ratinho Jr.
Ele lembrou que o espaço vai reunir jovens estilistas em um ambiente compartilhado para que possam criar a partir da matéria-prima. O Palácio da Seda pretende ser um local de encontros e visitação para a população e turistas que passam pela capital.
Produção
De acordo com dados da secretaria da Agricultura e do Abastecimento do estado, o Paraná conta com mais de 1,8 mil produtores de casulo de seda em 176 municípios, que ocupam 4,7 mil hectares de plantação de amoreiras (que são alimentos para o bicho da seda). Anualmente são produzidas 2,2 mil toneladas, o que representa 83% de toda a seda do país. A quase totalidade da produção – 96% ¬– são destinados à exportação, especialmente para a Europa.
As regiões Norte e Noroeste são as que mais se destacam na produção, gerando perto de 8 mil empregos diretos e indiretos. O município de Nova Esperança é o maior produtor, seguido por Astorga, Diamante do Sul, Cândido de Abreu e Jardim Alegre. “A atividade permite ao pequeno agricultor ficar no campo, gerar renda. E a seda paranaense ganhar o mundo”, disse o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
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Como forma de estimular o setor, o governo do estado, por meio da Universidade Estadual de Londrina (UEL), desenvolve desde 2016 o projeto Seda Brasil o Fio Que Transforma, composto por professores de várias áreas (Design, Biologia, Química e Zootecnia) e que tem por objetivo fomentar uma rede econômica e produtiva com o intuito de incentivar novos empreendedores para o desenvolvimento da cadeia da seda de forma sustentável. O programa é financiado com recursos do estado para apoiar bolsas de estudo e custeio (equipamentos, viagens e sequenciamento genético).
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2 comentários em “Curitiba ganhará Palácio da Seda; espaço vai reunir moda, turismo e cultura”
Porque não constrói esse palácio da seda em algum município que produz a seda, porque em Curitiba?a minha opinião tinha que ser no interior do Estado onde são produzidos os casulos onde tem as fiações
Londrina é um dos principais produtos de fio de seda.