No mês das mães Curitiba recebe a campanha “Maio Furta-Cor: Saúde Mental Materna Importa”. O tema da saúde mental tem sido muito discutido ultimamente e agora volta-se às mães também devido ao crescimento dos casos de depressão, ansiedade e até de suicídio. Mesmo antes da pandemia, as mulheres já apresentavam mais transtornos mentais do que os homens. No Brasil, de acordo com o Estudo Lab Think Olga 2023, elas representavam sete em cada 10 casos de depressão ou ansiedade.
A programação foi pensada para causar o maior impacto para quem mora em Curitiba e região. Na tarde do dia 11 de maio, próximo sábado, haverá um evento na Ópera de Arame,das 14h às 18h, chamado “Mãe não é tudo igual”, com atrações como palhaçaria com Camila Jorge, pocket show com Fafá Conta e talk com diversas mães curitibanas convidadas.
Neste dia as famílias poderão também prestigiar uma feira dos expositores parceiros e participar do sorteio de brindes. O evento oferecerá um espaço de recreação para as crianças. Para participar, basta que os pais ou responsáveis inscrevam os filhos a partir de três anos no https://forms.gle/ASbtHjJL73s8Q1ow7.
Já no domingo (19), às 8h30, será realizado o “Corre de mãe é na pista!”, um treino de corrida no Parque Barigui para lembrar que cuidar da saúde mental também passa pelo cuidado integral do corpo. O encerramento da campanha será “Na Casa Delas” (Rua Paulo Graeser Sobrinho, 332 – São Francisco), com a festa “A Mãe tá On”, no dia 25, a partir de 16h, com música, petiscos e interação entre as mães.
Lançada em 2020, a Maio Furta-Cor foi realizada em mais de 17 países das Américas, Ásia, África e Europa. Em Curitiba já são mais de 250 representantes, com 116 voluntárias. Segundo a organização da campanha, o nome foi escolhido por ser uma tonalidade que se altera de acordo com a luz que recebe, não tendo uma cor definida, numa alusão à maternidade.
Em praticamente 38% dos lares brasileiros, as mães,além de serem as cuidadoras, são as provedoras da família, o que, também de acordo com a pesquisa do Think Olga 2023, é uma grande causa do adoecimento feminino.
A organização percebeu que trocas em grupo são uma forma de reduzir o sentimento de solidão e culpa materna. “Apostamos muito na potência das mulheres em roda, na construção de uma identidade materna e na validação das suas vivências, por isso continuamos trabalhando na organização da campanha por desejar alcançar cada vez mais mulheres”, explica a psicóloga e psicanalista Déborah Sanches, uma das coordenadoras do Maio Furta-cor.