Da Redação
O novo mamógrafo realiza as imagens de mamografia 3D – exame conhecido como tomossíntese – e aumenta entre 20% e 65% a detecção do câncer de mama, além de reduzir em 40% a necessidade de fazer uma imagem complementar posterior, quando comparado ao exame de mamografia convencional.
Isso se deve à tecnologia de ponta dos seus detectores. O equipamento é capaz de oferecer imagens extras com menor tempo de exame. “O novo equipamento realiza a mamografia e a tomossíntese de uma só vez, com menor dose de radiação, melhor qualidade de imagens e com maior precisão para o diagnóstico do câncer de mama. É uma evolução do exame convencional”, explica a médica radiologista Cristiane Spadoni, da Clínica Imax, que investiu cerca de R$2 milhões na aquisição do equipamento.
Outra vantagem, segundo ela, diz respeito à menor necessidade de compressão, devido à tecnologia 3D e ao design curvo do compressor do equipamento que se adapta melhor às mamas. “Estudos mostram que 93% das pacientes relataram melhoria do conforto ao utilizar o sistema”, completa.
O câncer de mama é o segundo tipo que mais atinge as mulheres, representando cerca de 20,9% de todos os cânceres que atingem o sexo feminino, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
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Mamografia cai na pandemia e aumenta o risco
Durante a pandemia, iniciada em março de 2020, houve uma redução de 67% na realização de mamografias pelo SUS – em mulheres de 50 a 59 anos de idade – se comparado ao mesmo período de 2019. Os dados são da Rede de Pesquisa em Câncer de mama.
O INCA estima ainda 66.2 mil novos casos de câncer de mama para cada ano do triênio de 2020 a 2022, o que corresponde a um risco estimado de 61,61 novos casos a cada 100 mil mulheres. Apenas no sul do Brasil, são esperados 71,16 casos a cada 100 mil.
De acordo com a radiologista Cristiane Spadoni, a prevenção é fundamental para aumentar as chances de cura nos casos de detecção de tumores. A realização periódica dos exames conforme a indicação do seu médico é essencial, já que o câncer descoberto no início tem 95% de chances de cura e o tratamento é menos agressivo.