Da Redação
O escritor e cartunista Dante Mendonça lança, neste domingo (22), seu novo livro: “A Rua e a Bruma, a Régua e o Compasso”. A obra tem como pano de fundo a criação do calçadão da Rua XV de Novembro, que acaba de completar 50 anos. A Bruma do título é uma referência ao governo militar da época. Já a régua e o compasso são uma alusão ao então prefeito Jaime Lerner e sua equipe de jovens arquitetos e engenheiros ousados e criativos. A sessão de autógrafos ocorre das 10 às 14 horas, no Palácio Belvedere, sede da Academia Paranaense de Letras, da qual o autor faz parte, no São Francisco.
Para Dante, a história do primeiro calçadão do Brasil exclusivo para pedestres, inaugurado no dia 19 de maio de 1972, daria um romance. E deu. “A Rua e a Bruma, a Régua e o Compasso – Romance da Revolução Urbana de Curitiba” junta história e ficção, personagens reais e imaginários, para compor a saga da transformação urbana de Curitiba, a partir justamente do fechamento ao tráfego de carros de um trecho da principal rua da cidade.
Engana-se quem esperar do livro um tratado histórico sobre a Rua das Flores, que no pedaço de calçadão retomou o antigo nome da Rua XV de Novembro e foi palco de pintura feita por crianças, torre de informações, mesas e cadeiras na calçada, enfim, um cenário para o encontro e a prosa entre as pessoas, ao nível do homem a pé.
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O livro recua no tempo e desvenda a Curitiba que era, bem antes da que passou a ser na década de 1970, a partir de duas personagens centrais, Zenaide e Gérard Lauzier. Ela, de nome inspirado numa página desenhada pelo cartunista francês Gérard Lauzier para a revista Realidade, e o próprio, que veio a Curitiba abrir sua exposição na Galeria Cocaco, no mesmo dia do nascimento da Rua das Flores.
A Rua das Flores, diz Dante, é como o primeiro ponto da sutura da cidade diante da bruma. É um divisor de águas entre a Curitiba taciturna, encolhida, e a cidade referência no mundo. Mas é, principalmente, o despertar do curitibano para o seu cenário de vida. A partir daquelas pedras colocadas no chão, ele passou a discutir sua cidade. Para o bem ou para o mal, mas nunca mais com indiferença.
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