Diplomata português que arriscou a vida para salvar judeus durante a 2ª Guerra é homenageado em Curitiba, onde morou e trabalhou

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Da Redação

Eduardo Bekin, diretor presidente da Invest Paraná, representando o governador Ratinho Jr.; o secretário da Justiça, Família e Trabalho do Paraná, Ney Leprevost, Isac Baril, presidente da Federação Israelita do Paraná, Sidney Axelrud, presidente do Conselho Deliberativo da entidade, e o vereador Pier Petruzziello. (Foto: Divulgação)

De acordo com a tradição judaica, quem salva uma vida, salva o mundo inteiro. Foi o caso do diplomata português Aristides de Sousa Mendes, que desobedecendo as ordens do ditador António Salazar concedeu vistos de entrada em Portugal a cerca de 30 mil refugiados judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Pelo ato de coragem, ele recebeu uma homenagem no Centro Israelita do Paraná, nesta segunda-feira (22), às 15 horas.

Sousa Mendes foi cônsul de Portugal em Curitiba entre os anos de 1918 e 1919 – tendo aqui, inclusive, nascido uma de suas filhas. Para a homenagem, com descerramento de uma placa que ficará no Museu do Holocausto de Curitiba, veio de Portugal um de seus netos, António Moncada Sousa Mendes. A cerimônia, apenas para convidados, contou com a presença de autoridades. O evento foi promovido pela Comunidade Israelita do Paraná, Museu do Holocausto, Federação Israelita do Paraná, B’nai B’rith e pelo Instituto Cultural Judaico Brasileiro Bernardo Schulman.

Isac Baril, Susana Pereira, Herton Coifman e António Pedro de Moncada de Sousa Mendes. (Foto: Divulgação)

Aristides nasceu em 1885, em Cabanas de Viriato, Portugal. No ano da invasão da França pela Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial, era cônsul português em Bordéus. Foi repreendido por Salazar, demitido da função e ele e a família passaram necessidades, tendo inclusive frequentado a cantina da Assistência Judaica Internacional. Morreu em 1954, em um Hospital Franciscano, sem nunca ter sua postura de bondade reconhecida.

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Placa em homenagem ao cônsul português Aristides de Sousa Mendes no Museu do Holocausto de Curitiba. (Foto: Divulgação)

Em 1966, o Memorial do Holocausto em Jerusalém, Yad Vashem, atribuiu-lhe o título de “Justo entre as Nações”. Desde 1963, o museu já levantou diversos nomes que arriscaram suas vidas e as de seus familiares para salvar judeus perseguidos. Tais pessoas ignoraram as leis, opuseram-se à opinião pública e decidiram fazer o que lhes parecia certo. Até hoje, o Museu Yad Vashem reconhece e homenageia novos “Justos”. Eles são condecorados, mesmo post mortem, recebem um certificado de honra e o privilégio de terem o nome adicionado ao Jardim dos Justos. Nadas mais justo a quem salvou não uma, mas milhares de vidas.

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