Da Redação
O documentário Menstruação Atrasada: as falhas do sistema no combate à pobreza menstrual, será lançado nesta quinta-feira (14) a partir das 18h30, na rua Carlos Essenfelder, 49, no Boqueirão. O material tem 30 minutos e mostra como mulheres e adolescentes da periferia de Curitiba enfrentam essa dificuldade na rotina diária, com depoimentos de médicos, defensores públicos e coletivos que trabalham para amenizar os impactos do problema. A produção vai embasar os debates sobre o tema e propor políticas públicas para erradicar a pobreza menstrual no município.
A Câmara Municipal de Curitiba já debateu o assunto em audiência pública realizada em agosto, conforme noticiamos no portal. O documentário foi produzido pela equipe de comunicação do vereador Dalton Borba (PDT) que protocolou um projeto sugerindo a criação de política própria para erradicar a pobreza menstrual em Curitiba. A proposta está em andamento na casa, na Comissão de Constituição e Justiça.
Cerca de 460 mil mulheres vivem em situação de vulnerabilidade social e extrema pobreza no Paraná, sem acesso aos absorventes higiênicos, dependendo apenas de doações para ter acesso a itens básicos para a saúde da mulher.
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As políticas de saúde pública no Brasil ainda são pensadas e elaboradas com prioridade ao público masculino, e nesse contexto o projeto de lei sobre a pobreza menstrual apresentado na Câmara de Curitiba, visa estabelecer políticas de saúde pública voltadas às mulheres em situação de vulnerabilidade econômica e social. A realidade é que muitas mulheres acabam usando folhas de jornal, sacolas plásticas, meias ou panos velhos para absorver o sangue, aumentando os ricos de infecção e colocando sua saúde em risco.
A Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu que o direito das mulheres à higiene menstrual é uma questão de saúde pública e de direitos humanos. Estima-se que uma em cada dez meninas perdem aula quando estão menstruadas, além disto acaba por privar muitas mulheres, neste período, de terem qualidade de vida e desempenharem atividades rotineiras. Em 2018, uma marca de absorventes realizou uma pesquisa, com cerca de 9 mil brasileiras (entre 12 e 25 anos), e teve como resultados, em suma, que 22% afirmam não ter acesso a produtos confiáveis relacionados à menstruação porque não têm dinheiro ou porque eles não são vendidos perto de casa. Dados da Organização das Nações Unidades (ONU), apontam que no Brasil 25%, 1 em cada 4 meninas, entre 12 e 19 anos, deixaram de ir à escola por não ter dinheiro para comprar absorventes.
O tema da pobreza menstrual ganhou repercussão no país, após o presidente Jair Bolsonaro vetar a distribuição gratuita de absorventes para estudantes de escolas públicas e mulheres em situação de rua ou em vulnerabilidade extrema, sob a alegação que a lei aprovada em setembro, na Câmara Federal e no Senado, não apontar a origem dos recursos, a fonte de custeio para esse fim.
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1 comentário em “Documentário que retrata pobreza menstrual na periferia de Curitiba será lançado nesta quinta-feira”
Boa tarde Sou pedagogo trabalho em escola pública, essa realidade É muito triste , muitas vezes chega alunas que pedem absorvente lá a equipe pedagógica. Ou as vezes pedem para ligar para a família , ou para ir para casa
devido a menstruação. As escolas estão se virando co doações pelas professoras funcionarias ou de farmarcias ou mercado ou quando tem cerca a escolas compram. É uma realidade muito triste .Nada se fez para as pessoas mais necessitadas. São questões a serem resolvidas . Precisamos promover esaspessas mais necessitadas. As questões sociais se resolvem com um governo competente é o que está faltando.