Da Redação
Donos de bares, restaurantes, lanchonetes e casas noturnas de Curitiba promoveram uma manifestação na tarde desta quinta-feira (17), em frente à prefeitura, para marcar os seis meses de pandemia. Um ônibus lotado desses empresários deu voltas no prédio do Executivo municipal com as faixas “Ir ao Restaurante é mais seguro que andar de ônibus”; “Não marginalizem quem quer trabalhar, pagar impostos e gerar empregos” e “Ônibus lotado pode”. As faixas são uma crítica aos coletivos que circulam cheios pela cidade enquanto esses estabelecimentos continuam sob restrições de funcionamento.
O protesto foi organizado pelos sindicatos que representam essas categorias: SindiAbrabar (Sindicato das Empresas de Gastronomia, Entretenimento e Similares de Curitiba); SindiProm (Sindicato das Empresas Promotoras de Eventos do Paraná); Feturismo (Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento e Similares do Paraná); Abrabar (Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas do Paraná) e Abrasel-PR (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes).
O presidente da Abrabar-PR, Fabio Aguayo, disse que o protesto é para lembrar os seis meses da pandemia e para reivindicar um planejamento para a volta de eventos na cidade, de música ao vivo em bares e restaurantes e funcionamento até a meia-noite. Segundo ele, em São Paulo o horário permitido é até 1 da manhã e mesmo no Paraná outras cidades, como Foz do Iguaçu, já liberaram o funcionamento normal do setor.
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Atualmente, com a volta da bandeira laranja em Curitiba desde 7 de setembro, com validade de 14 dias, bares e restaurantes podem funcionar até 23h, de segunda a sábado. A autorização vale somente para os que têm a CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), constante do alvará de funcionamento. Casas noturnas e eventos continuam suspensos.
Semidesobediência fiscal
De acordo com Aguayo, a média de endividamento do setor no Paraná com a pandemia é de R$ 460 mil a R$ 590 mil, 40,5% já fecharam as portas e 35% da mão de obra já foram dispensados. O setor gerava mais de 168 mil empregos diretos. Entre bares, restaurantes, lanchonetes e casas noturnas o Paraná possuía mais de 65 mil empresas registradas. Muitas das que fecharam continuam com dívidas junto a fornecedores privados e públicos, como Copel, Sanepar, além de impostos. “Hoje vivemos uma semidesobediência fiscal porque a prioridade é pagar os funcionários”, diz o presidente da Abrabar.
Confira um trecho de como foi a manifestação:
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