Da Redação
O economista Ricardo Amorim esteve em Curitiba na noite desta quarta-feira (24) para uma concorrida palestra no restaurante Duetto, do Clube Curitibano, a convite da Confraria Imobiliária de Curitiba. O evento foi em comemoração aos 60 anos da regulamentação da profissão de corretor de imóveis no país, bem como ao Dia do Corretor de Imóveis, celebrado em 27 de agosto. A confraria reúne as principais imobiliárias da capital e tem por objetivo promover a atividade e encontros regulares com profissionais do mercado da construção civil e de outros setores.
Ao final de sua palestra, Amorim recebeu uma placa de sócio honorário das mãos do presidente da confraria, Carlos Eduardo Loures Canto. Para o economista, a profissão de corretor de imóveis é essencial em qualquer economia. Porém, ele destacou que a atividade vai passar por muitas transformações com o uso da tecnologia.
Em uma palestra dinâmica e cheia de gráficos, Amorim explicou à plateia formada em sua maioria por corretores de imóveis, construtores e incorporadores como a globalização traz impactos para a economia brasileira e citou os exemplos da guerra na Ucrânia, da saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit, e da recessão nos Estados Unidos.
De acordo com o economista, o Brasil tem um grande desafio a curto prazo, que é controlar a inflação. Se depender do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, é possível ser otimista quanto a isso. “O IPCA-15 bateu em 9,3% nesta semana, o menor da série histórica”, afirmou. Ele contou também que o país vive um ritmo de queda de desemprego desde meados de 2020. A taxa, segundo ele, teria caído de 13,8% para 9,3%, o que animou a plateia.
Amorim falou ainda da Taxa Selic, que representa os juros básicos da economia brasileira, e está no maior patamar desde janeiro de 2017, tendo saltado de 2% para 14%. Segundo ele, o índice seria um “mal necessário” em meio a um momento de retomada econômica do país.
“Sem essa medida (elevação da Taxa Selic), a inflação no Brasil teria ‘comido’ mais ainda o poder econômico das pessoas. Ninguém gosta de taxas, é o equivalente a quem está doente ter que passar por uma quimioterapia. Ninguém quer, mas em alguns casos é necessário”, afirmou.
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