Empresas britânicas intensificam aquisições no Brasil; levantamento aponta aumento de 33% em 2023

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O economista e cônsul britânico Adam Patterson também é sócio da Redirection International, empresa especializada em assessoria de fusões e aquisições cross-border. (Foto: Divulgação)

Empresas sediadas no Reino Unido intensificaram as operações de fusões e aquisições (M&A) no Brasil, segundo relatório da Transactional Track Record (TTR). Os dados demonstram que no ano passado foram realizadas 53 transações de companhias britânicas no país, 33% a mais do que em 2022, quando foram registradas 40 negociações. Com este resultado, o Reino Unido consolida sua posição como o segundo maior investidor internacional no Brasil, atrás apenas dos Estados Unidos. Os dados são da plataforma de negócios Money Report.

Ainda segundo o relatório da TTR, o Brasil fechou 2023 com valor total de US$ 74 bilhões em 3.235 transações realizadas ao longo do ano incluindo M&A, Private Equity, Venture Capital e aquisições de ativos. “Embora o volume transacionado tenha recuado no último ano, passando de US$ 1,8 bilhão em 2022 para US$ 1,4 bilhão em 2023, o Brasil segue como um dos principais destinos dos investidores britânicos que têm interesse principalmente em setores de tecnologia, serviços corporativos, energia e mineração”, diz o economista e cônsul britânico no Paraná Adam Patterson, sócio da Redirection International, empresa especializada em assessoria de fusões e aquisições cross-border que tem representação em Londres.

Nos últimos anos, a Redirection atuou em missões comerciais na Inglaterra para apresentar aos empresários e fundos privados o potencial do mercado brasileiro. Patterson ressalta alguns deals envolvendo companhias britânicas no Brasil, como, por exemplo, a aquisição da brasileira Lanlimp pela britânica Bunzl e a intenção da gestora inglesa de private equity Appian Capital de aplicar entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões em projetos de mineração e energia no Brasil. Outro exemplo citado por ele é a compra recente da operação de bebidas da brasileira Globalbev pela inglesa Britvic, fabricante dos sucos Maguary.

Ainda de acordo com a Money Report, no ranking geral o Brasil registrou 387 aquisições inbound (players globais investindo em ativos brasileiros) em 2023; 1,3% a menos do que em 2022, quando foram feitas 392 transações do tipo. Além disso, segundo o relatório da Transactional Track Record, as atividades de M&A outbound (empresas brasileiras investindo em ativos estrangeiros) caíram 20%, passando de 157 em 2022 para 126 no ano passado. Ainda assim, o país é líder nas operações de M&A na América Latina, respondendo por mais de 60% das transações da região.

Segundo a Money Report, os Estados Unidos seguem como o principal investidor estrangeiro em empresas brasileiras, apesar das atividades terem recuado 17% no ano passado, passando de 194 transações em 2022 para 161 em 2023. O Reino Unido está em segundo lugar (53 transações), seguido da Espanha (23), Alemanha (18), Canadá (18) e França (18). Em seguida aparecem Singapura (17), Portugal (13), Argentina (13) e Holanda (11). China e Japão, que em 2022 figuravam entre os 10 maiores investidores internacionais, não estão na lista.

“O Brasil está voltando a ser um mercado muito interessante para as transações transfronteiriças. O crescimento econômico continua a superar as estimativas e deve ser impulsionado com a previsão de queda dos juros. Avaliamos que o cenário de M&A cross-border está bastante positivo para 2024, em especial com um retorno potencial de grau de investimento”, afirmou Adam Patterson à plataforma financeira. Ao Grands por Bessa, Patterson contou que 2024 é o ano do centenário da colonização inglesa no Paraná.

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