Encontro em Curitiba debate tendências do setor de eventos na retomada pós-vacinação

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Da Redação

O Projeto Broadway foi responsável pela primeira experiência do evento. (Foto: Divulgação)

Duas xícaras de sustentabilidade, três colheres de emoção e uma pitada de tecnologia. Essa é uma parte da receita para o sucesso dos eventos no pós-pandemia. O encontro “Ingredientes da Retomada”, realizado nesta quarta-feira (29) mostra que essa mistura é o que vai fazer a diferença para o setor, agora que a vacinação contra a Covid-19 finalmente avança no Brasil.

Alex Crdoso, da LEX Design de Experiências, foi um dos palestrantes. (Foto: Divulgação)

Uma das organizadoras do evento, a empresária Danielle Sayuri é sócia do Ópera Concept Hall, que serviu de cenário para os painéis que debateram o retorno dos eventos na cidade. “O que nós tentamos fazer, além de falar sobre as tendências, foi mostrar como cada uma delas vai funcionar nessa nova fase”, diz Danielle. A testagem de todos os convidados e fornecedores, por exemplo, tem se mostrado um dos costumes mais fortes neste primeiro momento. Com o passar do tempo, entretanto, é pouco provável que a exigência continue sendo uma condição imprescindível para casamentos, feiras e outros eventos.

Experiência

A pandemia impediu, por longo tempo, que as pessoas saíssem de casa, encontrassem outras pessoas, conhecessem coisas e lugares novos. Isso trouxe a elas uma nova perspectiva sobre o que querem vivenciar depois da vacinação. Para garantir público e oferecer eventos realmente relevantes, a experiência será indispensável. “Não basta pensar no básico, é preciso compreender que as pessoas querem viver de verdade. Um bom evento pós-pandêmico deverá ativar os cinco sentidos com sons, cheiros, sabores, texturas e um visual únicos”, reforça Marcelo Franco, também organizador do encontro “Ingredientes da Retomada”.

Gastronomia molecular, assinada pelo chef Gabriel Herrera. (Foto: Divulgação)

A gastronomia é uma parte importante desse desafio. Investir em itens como a gastronomia molecular, por exemplo, é tendência, até mesmo porque ela permite que os pratos sejam servidos individualmente, sem que os participantes do evento precisem se levantar ou mesmo manipular os alimentos. Pensar em um cardápio como esse é mais seguro e também ajuda a chamar a atenção do público, proporcionando novas sensações.

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Para Marcelo Franco, outro ponto importante da experiência é o storytelling. É fundamental envolver os presentes, contando algum tipo de história do começo ao fim do evento, definindo um fio condutor para ele. Um conteúdo relevante atrai, mas a forma como ele é entregue também conta muito. “Apresentações de dança, de música, jogos de luzes e sons, aromas e decoração, tudo ajuda a entregar os conteúdos e envolver as pessoas”, diz.

Patrícia Russo Gibran, dos colegios do Grupo Positivo (à esquerda) e Daniele Marin, da Unimed Paraná, comandaram o debate sobre a visão das empresas na retomada dos eventos corporativos.(Foto: Divulgação)

A escolha dos fornecedores é outro fator que pode sofrer alterações daqui em diante, de acordo com os presentes ao encontro. Pequenos negócios começam a ganhar cada vez mais importância. Não se trata apenas de escolher um bom cardápio, por exemplo, mas de ajudar a fortalecer a economia e, em paralelo, apresentar produtos preparados de forma artesanal, com tempo, cuidado e atenção a cada pequeno detalhe.

Tecnologia

Embora os encontros presenciais já estejam voltando a acontecer, uma característica trazida pela pandemia tende a permanecer: a realização de eventos híbridos, que acontecem simultaneamente no presencial e no on-line, segundo Danielle Sayuri. O formato, entretanto, será muito mais omnichannel. Ou seja, o participante não vai precisar escolher entre a experiência virtual e a presencial porque as duas opções estarão à disposição ao mesmo tempo. Enquetes, quizzes, caixas de perguntas e sugestões estarão disponíveis on-line até mesmo para aqueles que estiverem presencialmente no evento.

A ciência da felicidade foi o tema da palestra de Gustavo Arns, organizador do Congresso Internacional da Felicidade. (Foto: Divulgação)

Da mesma maneira, quem estiver acompanhando pela internet poderá fazê-lo de qualquer lugar, interagindo com o que está acontecendo no palco. Até mesmo as comunicações da organização podem ser pensadas para acontecer via aplicativo ou notificações no celular. O caso dos testes de covid-19 oferecidos antes do início da programação é um bom exemplo disso. Depois de fazer o exame, os resultados podem ser enviados por e-mail, SMS ou mesmo WhatsApp para os participantes.

Sustentabilidade

O senso de coletividade e responsabilidade individual não chega a ser uma novidade, mas tornou-se muito mais necessário depois do novo coronavírus. As atitudes de cada um têm consequências para o bem-estar de todos e essa percepção é o fio condutor de uma nova maneira de planejar também os eventos. Agora, eles precisam ser verdadeiramente sustentáveis em todos os aspectos. A segurança sanitária é hoje o aspecto mais sensível dessa tendência. Kits de higienização com álcool gel, luvas e embalagens para máscaras, menor número de participantes, distanciamento social e a exigência da vacinação são, provavelmente, protocolos que serão mantidos por um bom tempo ainda.

Não basta, porém, garantir que os presentes estejam seguros e saudáveis. Também será preciso cuidar mais das questões ambientais, fiscais e sociais envolvidas em cada evento. Isso pode ser feito selecionando com cuidado os fornecedores, estabelecendo regras de compliance e fiscalizando cada um dos detalhes, produtos e experiências que serão oferecidos.

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