Estudo do Ippuc prevê a ocupação de calçadas por bares e restaurantes

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp

Reinaldo Bessa

Modelo sugerido para o polo existente no Largo da Ordem. (Foto: Divulgação)

Como será o convívio dos curitibanos no espaço público enquanto a cidade lida coma pandemia? A resposta está no caderno que o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) produziu com propostas para o convívio seguro e para a promoção de ações de fortalecimento econômico da cidade. São intervenções de curto-prazo e de rápida implantação nas áreas da mobilidade e promoção da economia local em polos comerciais de todas as regionais. As propostas têm a flexibilização baseada nos decretos e normas vigentes determinadas pela Saúde Pública.

O conjunto de estudos faz parte de um trabalho integrado das diretorias de Planejamento, Projetos e Informações e do corpo funcional do Ippuc, envolve as demais secretarias municipais e se soma ao Programa de Retomada Econômica Pós-Pandemia encaminhado à Câmara Municipal pelo prefeito Rafael Greca no início da semana. “Pela via do planejamento, Curitiba busca conciliar a necessidade de preservar a saúde com a retomada do funcionamento da cidade dentro das potencialidades possíveis”, afirma a arquiteta Liana Valicelli, diretora de Informações do Ippuc e coordenadora do trabalho.

Uso das calçadas

Modelo sugerido para o polo existente na Rua Prudente de Moraes, no Centro de Curitiba. (Foto: Divulgação)

Entre algumas propostas estudadas estão a da possibilidade de restaurantes e bares ocuparem parte dos passeios e vagas de estacionamento com a colocação de mesas e cadeiras nas calçadas. Uma vez permitida pelas autoridades sanitárias com base no quadro de agravamento da pandemia, a medida seria implantada a partir de demarcações específicas no piso, definindo a posição das mesas e garantindo distâncias seguras.
Os modelos sugeridos são para os polos existentes no Largo da Ordem e o Setor Histórico e a Rua Prudente de Moraes, no Centro, podendo ser estendidos, a partir de avaliações pontuais, às demais áreas da cidade que ofereçam condições e demandas similares.

Ainda para o Largo da Ordem, de acordo com a prefeitura, também está em estudo, pelo Ippuc, o projeto do novo layout da Feira de Artesanato, contemplando maior afastamento entre as barracas e a organização do sentido do fluxo de usuários, com separação por cones e comunicação visual. Devido ao grande número de barracas da feira, a proposta estipula a divisão do funcionamento em dois dias diferentes. Projetos de novo layout para outras feiras, como a Feira Livre de Orgânicos do Passeio Público e as feiras da Praça 29 de Março, das Mercês, do Alto da Glória e as noturnas também estão contemplados no estudo do Ippuc.

Mobilidade ativa

Na área da mobilidade, a intermodalidade é o ponto-chave das propostas. Neste contexto, estão as ações de mobilidade ativa já em curso, como a da ciclofaixa e ampliação das calçadas aos sábados no entorno do Mercado Municipal. Esta ação contempla ainda a expansão da malha voltada à ciclomobilidade prevista no Plano de Estrutura Cicloviária de Curitiba, com a implantação de ciclofaixa na Rua Padre Anchieta conectada ao sistema de transporte coletivo, às estações do biarticulado do sistema Expresso e aos terminais de transporte Campina do Siqueira e Campo Comprido. E também a recuperação da estrutura cicloviária da João Bettega, no Portão, que faz a ligação com a Cidade Industrial de Curitiba.

Na área da mobilidade, a intermodalidade é o ponto-chave das propostas. (Foto: Divulgação)

Complementam as propostas com foco na intermodalidade as ações sanitárias para aumentar a segurança dos usuários do sistema de transporte coletivo, entre elas a implantação de demarcações para distanciamento nas áreas de espera dos abrigos de ônibus e estações-tubo, para a organização do espaço público, maior proteção aos pedestres e ampliação do espaço de circulação.

LEIA TAMBÉM:

As ruas compartilhadas são outro modelo sugerido no estudo do Ippuc. Trata-se da ampliação temporária da área do passeio com a ocupação de parte da rua, garantindo maior mobilidade para os pedestres e maior segurança para o convívio no espaço urbano, respeitando as normas sanitárias. A ação tem como exemplo a Travessa Kalil Karam Filho, na região do Tatuquara, e pode ser reproduzida em outras ruas da cidade, respeitando as características locais de cada projeto.

Fases do trabalho

As propostas apresentadas pelo Ippuc são organizadas em três fases, sendo a primeira delas a de resposta e enfrentamento da crise da pandemia, com período estimado de um a 12 meses; a segunda, a de gerenciamento da crise, com tempo de três a 18 meses, e a terceira fase a do estabelecimento do “novo normal”, com período estimado de três a 36 meses. “Neste contexto cumprimos o propósito de responder, retomar, reimaginar, ressignificar e reestabelecer a dinâmica urbana sob o espírito da empatia e da solidariedade”, diz a arquiteta Liana Vallicelli.

Siga-nos no Instagram para ficar sempre por dentro das notícias:

Veja Também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.