Festival de Curitiba contrata mulheres trans como assistentes de produção

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Da Redação

Festival de Curitiba contrata mulheres trans como assistentes de produção
Tereza Oliveira, uma das três mulheres trans contratadas para trabalhar na mostra Fringe do Festival de Curitiba. (Foto: Valdecir Galor/SMCS)

Três mulheres trans vão atuar como assistentes da mostra Fringe do Festival de Curitiba. Elas foram selecionadas no banco de currículos do programa Cidadania T mantido pela Assessoria da Diversidade Sexual da Prefeitura de Curitiba e se integrarão às 14 pessoas contratadas para atuar durante a mostra. As três mulheres trans têm 19, 20 e 23 anos e foram selecionadas com base nos critérios do teste de seleção: aptidão no atendimento ao público, conhecimento e escolaridade. A mostra Fringe, a maior dentro do Festival Curitiba, terá 340 espetáculos de teatro. “As pessoas contratadas vão ficar nos espaços onde acontecem as peças recebendo o público em geral e as companhias de teatro”, explicou a coordenadora técnica do Fringe, Giusy Giglio.

Uma das trans contratadas é Tereza Oliveira, que se diz ansiosa pelo novo trabalho. Ela cursa Geografia na UFPR e acredita que programas como o Cidadania T aumentam a representatividade de pessoas trans. Tereza entrou no programa no final de outubro do ano passado. Em dezembro, conseguiu um emprego temporário em uma grande marca de cosméticos de Curitiba. “Para nós é uma oportunidade muito importante. Através de programas assim vamos superando preconceitos da sociedade e superando barreiras”, afirmou Tereza.

Criado em 2018, o Cidadania T é uma iniciativa inédita no setor público do Brasil. O programa consiste em um banco de currículos de pessoas trans e de vagas para essa população, além de ofertar cursos. Com mais de 200 currículos cadastrados, o programa prioriza travestis e transexuais que moram em Curitiba, mas também vem recebendo muitos candidatos e candidatas de outros estados e da região metropolitana. Em seu terceiro ano, o já encaminhou 70% das pessoas cadastradas para empregos.

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Segundo o assessor da Diversidade Sexual da prefeitura, Allan Johan, empresas do setor de inovação, lojas, empresas de telemarketing, salões de beleza e o setor de cozinha são as áreas que mais contratam pessoas trans em Curitiba. Agora a área artística passa a figurar também neste grupo.

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