Da Redação
Os problemas na travessia da baía de Guaratuba continuam. Um dos flutuantes de atracagem do ferry-boat no lado de Guaratuba afundou parcialmente por volta das 23h desta segunda-feira (31). Procurada pelo portal, a BR Travessias, concessionária responsável pela prestação do serviço, informou que o local em questão estava inoperante por mais de 24 horas e passava por inspeção. A empresa ainda informou que no momento em que parte da estrutura cedeu não havia risco à segurança e que o embarque ficará mais lento.
A concessionária informou ainda que “já havia trabalhado na referida ponte no ano passado, ocasião em que realizou sérias intervenções” e que “as estruturas estão sendo inspecionadas e passarão por um processo de reconstrução que implicará em interdição de ponte e flutuante”.
A situação precária da travessia vem de longa data. No último dia 11, a prefeitura do município decretou calamidade pública por 60 dias, alegando que o serviço prestado pela concessionária passa por situações “extremamente graves” e denotam a má condição técnica das embarcações e dos serviços, provocando atrasos e lentidão nos serviços, com filas para o embarque. Em alguns dias, as embarcações chegaram a ficar à deriva. Antes, em julho de 2021, a prefeitura já havia decretado estado de calamidade pública, pedindo atuação do governo do estado para melhoria no atendimento aos usuários.
Nesta segunda-feira ainda, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Paraná (Agepar) já havia autuado a BR Travessias por não ter encaminhado informações solicitadas devido a uma investigação iniciada em outubro de 2021. A agência disse que a autuação se deu porque a BR Travessias não deu esclarecimentos sobre “capacidades de transporte e outros detalhes técnicos da operação e das embarcações”.
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Fiscalização falha
A questão da fiscalização do contrato de travessias também está sob investigação. De acordo com o deputado estadual Requião Filho (MDB), o estado tem se mostrado ausente na fiscalização desta licitação e não disponibilizou o contrato para este fim nem no portal da transparência, nem no Departamento de Estradas e Rodagem (DER). Ele se refere ao Consórcio DSZ-Ferry, que teria sido contratado em 2021 por R$ 1,024 milhão para auxiliar o estado na fiscalização da travessia.
O deputado disse, por meio do portal da Assembleia Legislativa, que está solicitando formalmente ao DER um pedido para que o órgão explique como estão os trabalhos de fiscalização dessa empresa, o que foi definido no contrato e quem são os responsáveis por esta tarefa. Ele também está encaminhando a questão para averiguação do Ministério Público do Paraná.
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