Da Redação
O Grupo Boticário vai trocar a expressão Black Friday para se referir ao período de descontos em produtos que ocorre anualmente em novembro. O anúncio foi feito pelo CEO do grupo, Artur Grynbaum, em uma publicação na rede social LinkedIn nesta terça-feira (30). Segundo ele, a decisão ocorre pela ausência de dados científicos que comprovem que o termo não se relaciona à questão da escravatura. Para a empresa de cosméticos, a data de vendas promocionais, que este ano acontece em 27 de novembro, passará a ser chamada de Beauty Week. A nota divulgada ontem, intitulada “O nosso adeus ao termo Black Friday”, vem acompanhada da #blackisbeauty.
“Há anos conversamos sobre a possível origem do termo Black Friday, sobre a ausência de dados científicos que comprovem que ele realmente não se relaciona à questão da escravatura. Então, respeitando os movimentos que sentem desconforto com o termo, decidimos parar de refletir e começar a agir. Não teremos mais o termo Black Friday no Grupo Boticário”, diz a nota divulgada por Grynbaumm, que é judeu. Uma das campanhas atuais d’O Boticário usa uma modelo negra e recentemente a empresa mostrou um casal gay em uma de suas publicidades.
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O executivo diz que a mudança – a dois meses de um dos períodos mais relevantes do ano para o varejo e a data mais importante para o comércio eletrônico em todo o mundo – traz riscos de perdas para o negócio, mas a empresa está comprometida em seguir com o projeto mesmo assim. Além disso, ele defende que o grupo precisa provocar discussões construtivas na sociedade e que os líderes de outras empresas têm que repensar o uso da expressão Black Friday.
O grupo, que é dono das marcas O Boticário, Eudora, quem disse berenice?, MultiB, Beauty Box, Vult, Beleza na Web e Eume, não deu mais detalhes sobre como será a campanha.
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2 comentários em “Grupo Boticário deixa de usar o termo “Black Friday” por considerá-lo politicamente incorreto”
Não existe evidência científica que sim nem que não, pelo que sei. Então é o seguinte: quer usar o termo use, não quer usar não use, mas não fica fazendo marketing em cima dessa pauta politicamente correta chata e desnecessária.
O Boticário faz o que quiser com os nomes que der às suas campanhas. Mas falar em “evidências científicas” é demais! Bastava procurar na Internet. Deixo aqui minha modesta contribuição: https://www.telegraph.co.uk/black-friday/0/black-friday-name-why-called-what-history-sales-2020-event/