Indústrias de porcelanas de Campo Largo devem ganhar selo de procedência

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Da Redação

Campo Largo é o maior polo brasileiro de produção de porcelanas, com 20 indústrias. (Foto: Divulgação/Ari Dias-AEN)

O município de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, acaba de ter a produção de porcelanas incluída no projeto Feito no Paraná, criado pelo governo do estado para dar visibilidade e valorizar empresas e produtos paranaenses. A cidade é o maior polo brasileiro de produção de porcelanas, com 20 indústrias, entre elas a Schimidt, fundada em 1945, uma das marcas de louças de mesa mais tradicionais do Brasil. De acordo com o presidente do Sindilouças, Fábio Germano da Silva, o segmento gera cerca de 3 mil empregos diretos. Ele afirma que a produção de cerâmica de Campo Largo é mais conhecida nos demais estados brasileiros do que pelos próprios paranaenses. Por isso, o sindicato está estudando a criação do selo “Made in Campo Largo” para ser colocado nas peças produzidas no município, uma forma de identificar e reforçar a procedência dos produtos. “A porcelana fabricada aqui é tradicional, de alta qualidade, e saber que é feita em Campo Largo agrega valor aos produtos”, afirma.

Uma das mais tradicionais indústrias da cidade, a Schimidt tem uma fábrica operando desde 1953. O gestor da empresa, Nelson Luiz Vieira de Morais Lara, destaca que antes da pandemia 50% da produção era destinada a bares, hotéis e restaurantes. O restante era subdividido entre mercado, lojas e vendas online. Com a pandemia, as vendas online cresceram vertiginosamente e a indústria já tem negócios fechados até o ano que vem. “O e-commerce está explodindo e agora estamos conhecendo um novo tipo de consumidor, que passou mais tempo em casa e começou a verificar o que faltava no lar”, conta o empresário. As vendas online permitiram que a empresa mantivesse todo o quadro de funcionários mesmo com a pandemia. Hoje, são 570 pessoas produzindo cerca de 1,1 milhão de peças por mês.

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Outra empresa referência na produção de porcelana no município é a Germer. Fundada em 1978, a fábrica emprega cerca de 500 pessoas e produz em média um milhão de peças por mês. De acordo com o diretor comercial, Juliano Rodrigues Alves, as vendas da empresa também se inverteram após a pandemia. “Até o início da pandemia as vendas concentravam-se no mercado profissional. Hoje, a proporção se inverteu e 60% da nossa produção é destinada ao varejo”, explica. A Germer se destaca no mercado por ser a única empresa a produzir porcelana colorida e também que adota três processos produtivos na fábrica: porcelana líquida, plástica e em pó.

Criado pelo governo do estado para dar mais visibilidade à produção estadual, o programa Feito no Paraná vai estimular a valorização e a compra de mercadorias paranaenses. O projeto, elaborado pela Secretaria do Planejamento e Projetos Estruturantes, busca estimular a economia e a geração de renda, mostrando à população as vocações produtivas regionais, destacando a qualidade do que é feito perto de casa e, como consequência, impulsionar o desenvolvimento de empresas que oferecem emprego a quem vive no Paraná.

O governo fará campanhas para apresentar produtos e valorizar histórias de “quem faz o Paraná crescer”. Para enriquecer o modelo do “Feito no Paraná” está sendo formado um grupo técnico de trabalho. O governo do estado tem promovido reuniões com entidades representativas e de classe para auxiliar no programa, como a Fecomércio, Fiep, Associação Paranaense de Supermercados, Associação Comercial do Paraná, Sesc e Sebrae, entre outras entidades. A iniciativa inclui um site com informações do que é feito no Paraná voltado para consumidores e para quem deseja ampliar seus negócios. Neste ambiente, as empresas com CNPJ e produção no Paraná poderão cadastrar seus sites e contatos. A intenção do governo é também estimular as vendas online. O endereço eletrônico é www.feitonoparana.pr.gov.br.

De acordo com o presidente do Sindilouças, Fábio Germano da Silva, o segmento gera cerca de 3 mil empregos diretos. (Foto: Divulgação/Ari Dias-AEN)

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