Da Redação
Dados divulgados nesta quinta-feira (03) pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba mostram que o percentual de internamentos por Covid-19 em relação ao total de casos caiu de 8,45% em 2020 para 1,65% em 2022. Em 2021 este percentual chegou a 9,56%.
De acordo com a secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, essa queda de 2022 está intrinsicamente relacionada ao sucesso da vacinação iniciada em 2021. “Mesmo com o recorde no número de casos por causa da variante Ômicron, neste ano, temos observados menos complicações e menos desfechos graves percentualmente”, afirma. “Isso é reflexo da campanha iniciada no ano passado”, complementa.
Idosos e adultos
Segundo Márcia, a redução do percentual de internamentos é observada, sobretudo, na população idosa e de adultos – grupos aos quais a campanha de vacinação focou paulatinamente no decorrer de 2021. “Os resultados estão sendo colhidos agora”, diz ela.
Entre as pessoas com 80 anos ou mais, primeiro público a ser vacinado a partir de março de 2021, o percentual de internamento passou 55,3%, em 2020, para 49,7% no ano passado. Em 2022, foi de 25%, metade em relação a 2020, primeiro ano da pandemia.
O público de 70 a 79 anos também passou por contexto semelhante. Em 2020, o percentual de internamento era de 35,9% dos casos. Em 2021, 35,4%. Em 2022, caiu para 9,9% – menos de um terço do primeiro ano.
As pessoas entre 60 a 69 anos tinham um percentual de internamento de 22,4% dos casos em 2020. Em 2021, o patamar foi parecido, de 22,9%. Neste ano, caiu para 3,7% – um número seis vezes menor que no primeiro ano.
Entre o público de 50 a 59 anos em 2020, 12,3% dos casos necessitaram de internamento. Em 2021, esse percentual subiu ligeiramente para 14,7%, caindo para 1,6% em 2022 – quase oito vezes menos que no primeiro ano.
No grupo das pessoas entre 40 a 49 anos, o percentual de internamentos foi de 6,4% em 2020; 9,3% em 2021; e 0,8% em 2022 – redução de quase 90% em relação ao primeiro ano.
Entre as pessoas de 30 a 39 anos, o percentual de internamentos passou de 3,3% em 2020, para 5,6% em 2021, chegando a 0,7% em 2022 – quase cinco vezes menos que no primeiro ano.
Entre os adultos de 20 a 29 anos, o percentual de internamentos passou de 1,4% em 2020, para 2,1% em 2021 e 0,6% em 2022 – equivalente a menos da metade do primeiro ano.
Análise
“O que se observou foi um recrudescimento da pandemia em 2021, que foi muito mais severa em casos e gravidades que no primeiro ano. Mas, a partir do momento em que a vacinação começou a avançar pelas faixas etárias, os desfechos graves foram sendo reduzidos gradativamente”, explica o coordenador do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) da SMS, o epidemiologista Diego Spinoza. “Isso já é possível observar mesmo em 2021, quando se faz a análise mês a mês, culminando em um 2022 muito mais favorável até o momento”, completou.
Para Márcia Huçulak, não restam dúvidas da eficácia das vacinas na população adulta e jovem. “O momento agora é de mantermos isso, com os reforços, e fazer a vacinação das crianças e adolescentes que ainda não foram imunizados”, convoca a secretária.
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Crianças e Adolescentes
Os dados do Painel Covid mostram que a queda do percentual dos internamentos não foi tão vertiginosa entre crianças e adolescentes, cuja vacinação começou recentemente, estando disponível para crianças com 5 anos completos ou mais. Atualmente, o percentual de cobertura de primeira dose entre os adolescentes está em 82% e entre as crianças em 62%.
O percentual de internamentos no grupo de pessoas entre 10 a 19 anos passou de 0,8% em 2020; para 0,9% em 2021 e chegou a 0,5% em 2022. Entre os bebês e crianças de 0 a 9 anos, o percentual de internamentos passou de 1,9% em 2020, para 1,5% em 2021 e se mantém em 1,5% em 2022.
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