Da Redação
Por volta das 17h de sábado (5), manifestação pedindo justiça para o imigrante congolês Moïse Mugenyi Kabagambe e pelo repositor de estoques Durval Teófilo Filho, mortos recentemente no Rio de Janeiro, acabou com invasão à Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Largo da Ordem, no bairro São Francisco, em Curitiba, durante uma missa. O ato causou polêmica e gerou muitas repercussões, inclusive da Arquidiocese de Curitiba, do governo estadual e de vereadores da Câmara Municipal de Curitiba.
Durante o protesto na frente da igreja, liderado pelo vereador Renato Freitas (PT), um diácono teria pedido para os manifestantes se afastarem das escadarias, mas foi confrontado por eles, que acabaram invadindo o local, onde estava ocorrendo a missa. Alguns portavam bandeiras do PCB e gritavam palavras de ordem como “racistas” e “fascistas”, e o vereador fez um discurso.
A Arquidiocese de Curitiba, por meio de nota assinada pelo arcebispo Dom José Antônio Peruzzo, afirmou que “solicitados a não tumultuar o momento litúrgico, lideranças do grupo instaram a comportamentos invasivos, desrespeitosos e grotescos”. Também afirma que “o que houve no último sábado foram agressividades e ofensas. É fácil ver quem as estimulou. A posição da Arquidiocese de Curitiba é de repúdio ante a profanação injuriosa. Também a Lei e a livre cidadania foram agredidas. Por outro lado, não se quer ‘politizar’, ‘partidarizar’ ou exacerbar as reações”.
Leia a nota completa aqui.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o secretário de Estado de Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, disse que encaminharia pedido formal para que a Polícia Civil investigue “possível prática de crime em invasão de igreja e interrupção de missa que teria ocorrido no último sábado em Curitiba”. Diz a nota que os manifestantes “interromperam a missa, assustaram as velhinhas que rezavam, hastearam a bandeira do Partido Comunista, calaram o padre, subiram no altar e fizeram discursos políticos, inclusive contra a própria Igreja Católica. Isto é um absurdo, fere gravemente a Constituição Federal”.
O líder do governo na Câmara Municipal de Curitiba, Pier Petruzziello (PTB), afirmou, via redes sociais, que vai pedir a cassação do vereador do PT. A vereadora Indiara Barbosa (Novo), também em suas redes sociais, repudiou a invasão e disse que o caso foi discutido no plenário da Câmara e deve ser pautado no Conselho de Ética.
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Por sua vez, o vereador Renato Freitas também divulgou nota onde diz que o ato foi “organizado pelo Coletivo Núcleo Periférico contra o racismo, a xenofobia e pela valorização da vida”. Também afirma que “como parte simbólica da manifestação, entramos juntos na igreja que estava vazia, de forma pacífica, relembrando que nenhum preceito religioso supera o amor e a valorização da vida” e que “pacificamente, assim como entramos na igreja, saímos e seguimos com a manifestação, reivindicando políticas públicas para imigrantes e de combate ao racismo na cidade”.
A nota completa do vereador pode ser lida aqui.
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