Da Redação
Um relatório divulgado pelo Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) nesta sexta-feira (25) mostra que dos 5.023 acidentes ocorridos em 2021 em Curitiba, 2.599 envolveram motocicletas, 51,74% do total. O número geral de acidentes de todos os tipos de veículos subiu de 4.840 registros em 2020 para 5.023 no ano passado, aumento de 3,78%.
O balanço detalha ainda que, apesar de as motocicletas representarem apenas 11,15% da frota total de veículos da capital (de 1,5 milhão de veículos, 167.786 são motos), elas se envolveram em 65,81% dos acidentes com vítimas. Os dados apontam que no último ano dos 47 óbitos em Curitiba, 30 eram condutores de motos e, destes, 21 tinham entre 18 e 40 anos, sendo 19 homens e duas mulheres.
A incidência de acidentes com motos tem aumentado na cidade desde 2019, quando 41% de todos os registros envolviam este tipo de veículo (2.516 de 6.132). O índice subiu em 2020 para 49,66% do total (dos 4.840 acidentes, 2.404 envolveram motos), até chegar a 51,74% em 2021.
O comandante do BPTran, tenente-coronel Fernando Klemps, explica que o aumento constante pode ter diversas causas, entre elas questões econômicas e de comportamento da população. Nos últimos dois anos, outro fator relevante foi a pandemia da Covid-19, quando a moto firmou-se como uma alternativa de mobilidade barata e prática, além de ser mais ágil no trânsito.
“O número de acidentes envolvendo motocicletas sempre foi alto, mas nos últimos anos houve um aumento do uso deste tipo de veículo, principalmente nos serviços de entrega de alimentos que, aliado a outras questões, causou um número maior de motocicletas nas ruas e, consequentemente, mais ocorrências envolvendo esse veículo”, explicou.
Outros veículos
O relatório do BPTran também apresenta o comparativo dos acidentes com outros tipos de veículos (caminhões, ônibus) nos últimos dois anos na capital. Em 2021, foram 5.023 casos registrados, contra 4.840 em 2020. Houve 3.716 feridos (no ano anterior foram 3.689) e 47 mortes no trânsito de Curitiba em 2021, contra 45 em 2020.
Para Klemps, a maior circulação de pessoas no ano passado foi um dos principais motivos do aumento no número de acidentes. “Ao longo de 2021 as pessoas passaram a sair mais às ruas, as aulas presenciais também voltaram aos poucos e, com o maior fluxo de veículos, é natural o aumento de acidentes em relação a 2020, quando havia mais restrição”, disse.
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Mapeamento
O BPTran analisa rotineiramente as estatísticas para acompanhar a mudança do comportamento da população no trânsito, com o objetivo de embasar as operações de fiscalização. “O setor de planejamento do BPTran mapeou a cidade de Curitiba e, desde janeiro, estamos fazendo diversos bloqueios de trânsito com o objetivo de diminuir não apenas os acidentes, mas também a quantidade de feridos e óbitos”, explicou o tenente-coronel.
Além disso, o BPTran promove, ao longo do ano, diversas blitzes educativas a fim de conscientizar motoristas, pilotos e pedestres sobre o papel de cada um no trânsito, como as campanhas do Maio Amarelo e da Semana Nacional do Trânsito. Nessas ações, os policiais abordam veículos, motocicletas e pedestres, passam orientações verbalmente, entregam folders e outros materiais educativos sobre a conduta com relação ao trânsito e também medidas de segurança, como usar cinto de segurança, não manusear o celular durante a direção e não consumir bebidas alcoólicas antes de dirigir.
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