Morre a educadora Vera Miraglia; ela foi fundadora da Escola Anjo da Guarda

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vera miraglia
“Eu sou alguém, eu respeito os outros e quero que os outros me respeitem”, foi com este lema que Vera Miraglia fundou a Escola Anjo da Guarda. (Foto: TOPVIEW).

Morreu nesta sexta-feira, aos 91 anos, a educadora Vera Miraglia, fundadora da Escola Anjo da Guarda. No domingo (21) ela teve um AVC e estava internada desde então. O velório acontecerá neste sábado (28), no Cemitério Parque Iguaçu, em Curitiba. Em luto, o Colégio Marista Anjo da Guarda  suspendeu as atividades a partir desta sexta-feira (27) até segunda-feira (30). Na próxima terça-feira (31), a escola volta a funcionar normalmente na capital paranaense. Foi no ano de 2018 que a Escola Anjo da Guarda se uniu à Rede Marista se tornou Colégio Marista Anjo da Guarda.

Carioca, Vera Miraglia mudou-se para Curitiba para acompanhar o marido, que trabalhava como engenheiro de estradas. Na cidade, na década de 1960, assumiu um pequeno Jardim de Infância que seguia a linha construtivista de ensino. Vera era de uma família de educadores. Além da avó, que era dona do colégio Jacobina, no Rio de Janeiro, a tia foi colega de Jean Piaget, psicólogo suíço que propôs a adoção de um processo educacional em que os alunos fossem vistos como protagonistas. Foi com esta inspiração que na década de 1970,  o Anjo da Guarda foi ampliado e começou a atender também o ensino fundamental. Entre os milhares de alunos que passaram pelo Anjo da Guarda, todos sabem na ponta da língua o lema da escola “Eu sou alguém, eu respeito os outros e quero que os outros me respeitem” 

Vera sempre fez questão de participar das atividades da escola e conviver com os alunos. Ela era chefe dos “Curupiras”, grupo de alunos voluntários que era responsável por preservar o meio ambiente e passar esta mensagem adiante. A “tia Vera”, como muitos a chamavam,  já falava de sustentabilidade e meio ambiente quando este assunto não era tão difundido.

“Ela se orgulhava de ser a chefe dos curupiras, amava a beleza lógica da matemática, adorava São Francisco e fez valer um lema escolar sobre respeito para toda a vida. Uma mulher solidária, exigente e justa com a qual tive a sorte e privilégio de aprender a ser filha, mãe, professora e, acima de tudo, a ser uma pessoa do bem”, disse a filha Kika Miraglia Ribeiro em uma rede social.

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