Multirresidencial carbono zero estimula mercado imobiliário a compensar impacto ambiental; saiba mais na coluna Construção e Moradia

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Árten é pioneiro na compensação das emissões de CO2, a partir de investimento em reserva de Mata Atlântica no litoral do Paraná

Gabriel Falavina – Diretor de desenvolvimento imobiliário da Altma Incorporadora

Para reduzir o impacto ambiental será feita a manutenção da Reserva Natural das Águas, em Antonina, no Litoral do Paraná. (Foto: Reginaldo Ferreira)

Num cenário que desafia nações do mundo todo a encontrar caminhos para frear as mudanças climáticas, os setores que praticam atividades de alto impacto ambiental serão cada vez mais cobrados a adotar medidas de redução das emissões de gases do efeito estufa. É o caso do mercado imobiliário, onde vêm ganhando importância os produtos que investem em sustentabilidade. O movimento tem origem em um posicionamento mais consciente dos consumidores e também na postura de empresas do segmento atentas às práticas ambientalmente inovadoras.

O recente anúncio da criação do primeiro empreendimento multirresidencial do Brasil a zerar o carbono emitido na fase de construção é uma dessas iniciativas que tendem a inspirar os players do setor. Em novembro, as parceiras Altma, HIEX e RAC Engenharia anunciaram os resultados dos estudos e o plano para compensar 100% das 2.640 toneladas de CO2 emitidas na obra do Árten, edifício residencial lançado em Curitiba. A mitigação do impacto ambiental será feita por meio de investimentos para a manutenção da Reserva Natural das Águas, em Antonina, no Litoral do Paraná, onde fica o maior remanescente contínuo do bioma Mata Atlântica.

Reserva ambiental em Antonina, no Litoral do Paraná. (Foto: Gariel Marchi)

Sem dúvida, o sucesso do Árten vai servir como diretriz para muitas outras construtoras e incorporadoras lançarem produtos que também sejam ambientalmente conscientes. As práticas de redução e compensação de danos no setor imobiliário, notadamente um segmento de alto impacto ambiental, serão fundamentais para o futuro do planeta. É hora de assumir essa responsabilidade, pelo bem das cidades, das suas populações e das próximas gerações.

O cálculo da quantidade de CO2 produzido pelo edifício multirresidencial foi obtido pela metodologia mais confiável disponível no mundo para medir o footprint, ou seja, o impacto ambiental, de obras da construção civil. Uma consultoria internacional especializada no mercado de edificações e infraestrutura foi contratada para realizar uma Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) do projeto. A partir desse tipo de estudo, é possível definir de forma precisa qual é a melhor estratégia para compensar e equilibrar o nível de emissões de gases.

No caso do Árten, as 2,6 mil toneladas de CO2 calculadas pelo estudo correspondem às emissões produzidas desde a extração da matéria prima usada na obra, passando pelo transporte desses materiais, até os últimos acabamentos instalados no edifício. Segundo especialistas, metade das emissões de uma obra costuma ser gerada na fase da construção e a outra metade, ao longo do tempo de uso da edificação. Mas a avaliação do impacto ambiental da primeira ainda é incomum no Brasil. A maioria dos empreendimentos procura compensar o operacional, ou seja, a segunda metade. Dessa forma, o impacto da construção gera um passivo que ninguém assume. O pioneirismo do Árten reside no fato de investir no cálculo e compensação de um tipo de emissão que promove uma ação ambiental mais relevante e resulta em valor agregado ao imóvel do ponto de vista ambiental.

Reserva ambiental em Antonina, no Litoral do Paraná, onde fica o maior remanescente contínuo do bioma Mata Atlântica. (Foto: Gariel Marchi)

Além de calcular a quantidade de CO2 emitida na construção, a ACV propõe uma série de medidas que podem ajudar a reduzir ainda mais o impacto ambiental da edificação. Uma delas é optar pela instalação de equipamentos de ar condicionado que utilizem como fluido refrigerante o chamado gás R-32, que é menos agressivo ao meio ambiente do que o R-410, produto mais comum hoje no mercado. Como essa deverá ser uma decisão dos donos do imóvel, a recomendação será incluída no Manual do Proprietário do Árten.

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O estudo e o processo de compensação inauguram uma prática que deve se estender para os novos empreendimentos do trio de parceiros do Árten. O projeto Carbono Zero da construção é o case pioneiro que nos permite aliar práticas inovadoras aos nossos propósitos. Uma vez calculado o volume de gases de efeito estufa que impactam o ambiente, as empresas que contrataram a ACV passaram a procurar alternativas para a realização do plano de compensação. Nossa prioridade era investir em um projeto que ficasse no Paraná, de preferência perto de Curitiba, onde o edifício está sendo construído.

Embora a compra de créditos de carbono fosse uma das possibilidades, optamos pela metodologia oferecida pela SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental). Quando o Árten for entregue, em 2023, cada proprietário de uma unidade residencial do edifício será parte de uma história pioneira no combate aos efeitos nocivos dos gases de efeito estufa. Cada morador será um agente ambiental a proteger a Reserva Natural das Águas e a Mata Atlântica.

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