Museu Oscar Niemeyer reabre com duas exposições inéditas, uma delas em homenagem aos 90 anos de Fernando Velloso

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Da Redação

Enigmas Decorrentes, obra criada por Fernando Velloso em 1998. (Foto: Divulgação/MON)

O Museu Oscar Niemeyer reabriu ao público no último sábado (9), seguindo as orientações de segurança determinadas pela Secretaria da Saúde do estado, com a inauguração de duas exposições inéditas: “Yutaka Toyota – O Ritmo do Espaço” e “Fernando Velloso por ele mesmo”. A mostra de Velloso é uma homenagem do MON aos 90 anos de vida do artista curitibano, que segue na ativa. A exposição, com curadoria de Maria José Justino e Fernando Bini, está aberta para visitação na Sala 1 do museu. O público poderá conferir seu primeiro trabalho premiado na época da Escola de Belas Artes, influenciado por sua passagem por Paris, onde estudou com um dos maiores mestres do Cubismo, passando pelo despontar do apelo irresistível do Abstracionismo e a prolífica produção até as obras mais recentes.

Com mais de 70 anos de vida dedicados à arte, Fernando Velloso enriquece o acervo do MON com quatro obras de sua autoria: “Grande Composição em Azul”, “Evocação de Elementos Simbólicos”, “Totem da Floresta” e “Partida em Busca do Imaginário”. “A exposição apresenta a inquietude existente em todo o percurso artístico rigoroso e inovador de Velloso”, diz a diretora-presidente do Museu Oscar Niemeyer, Juliana Vosnika. “Como artista, teórico e crítico de arte ou produtor em todas as áreas da cultura, ele sempre foi um grande influenciador da renovação, do vanguardismo”, comenta.

O público que visitar o Museu Oscar Niemeyer pode conferir duas exposições inéditas: Yutaka Toyota – O Ritmo do Espaço e Fernando Velloso por ele mesmo. (Foto: Divulgação/MON)

“Inconteste, Velloso completou 90 anos com uma juventude invejável. Na vida dos mortais, diferencia-se como uma pessoa inteligente, culta, com um senso de humor singular; no mundo da arte, continua um artista radical, sem concessões, mão e olho cada vez mais apurados, numa entrega plena ao ato de pintar”, opinam os curadores Fernando Bini e Maria José Justino.

O próprio artista define sua pintura como “uma escada”, explicando que cada nova obra tem uma referência da anterior. “Uma vida talvez seja pouco para fazer um bom quadro, de modo que não se pode ficar pulando de um galho a outro. O artista precisa manter a coerência até o fim da vida, principalmente porque de um momento em diante já não tem mais espírito para aventuras perigosas”, afirma Velloso. Desde muito cedo, ele teve afinidade com o desenho. Essa aptidão levou-o a se matricular na primeira turma de pintura, em 1948, da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, onde teve aulas com o artista italiano Guido Viaro. Formou-se também em Direito na Universidade Federal do Paraná, em 1955.

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Em Paris, estudou na academia do renomado artista e teórico cubista André Lhote, com quem aperfeiçoou seu processo de estudo e trabalho. Após passar pelo Expressionismo de Guido Viaro e pelo Pós-Cubismo de Lhote, Velloso ficou encantado pela matéria e pela cor, características da Abstração. E são essas as marcas principais de suas obras. Na década de 1980, ele foi além: passou da reprodução da textura, criada até então pelo excesso de tinta, para o uso da renda, por exemplo. A contribuição de Fernando Velloso para a arte e a cultura paranaense não se limitou à sua produção artística. Participou ativamente de comissões organizadoras em salões de arte e mostras coletivas e foi um dos protagonistas do Movimento de Renovação, que culminou com o Salão dos Pré-Julgados, realizado em decorrência do 14° Salão Paranaense, em 1957. Ao voltar da França, em 1961, passou a atuar como gestor em órgãos culturais do estado e do município. Um destaque foi a criação e coordenação do Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC).

Devido à pandemia, o MON ficou fechado ao público no período de 17 de março a 16 de outubro passado e, depois, após 6 de dezembro. Entre as várias medidas adotadas na reabertura está o limite de pessoas para visitação nas salas expositivas e em todo o museu para garantir o distanciamento seguro. O material impresso, como guias e folders, foi substituído por versões digitais, disponíveis por QR codes. O protocolo detalhado está disponível no site da instituição.

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