Um curitibano vai representar o Brasil no Canadá. O músico Gabriel Schwartz está na final do prestigiado Prix Opus (Prêmio Opus) oferecido pelo Conseil Québécois de la Musique (Conselho Quebequense de Música). O multi-instrumentista está concorrendo com o álbum digital ‘Solo’ como Álbum do Ano, na Categoria World Music (Música do Mundo) e Música Tradicional do Quebec. O resultado será revelado em cerimônia a ser realizada no dia 04 de fevereiro do ano que vem, na Salle Bourgie do Museu de Belas Artes de Montreal.
“Ser indicado a um prêmio como esse que já está na sua 27ª edição, que é organizado por uma instituição muito respeitada aqui, que sempre indica nomes de peso na música clássica, contemporânea, jazz e tradicional do Quebec, para mim é realmente muito importante. Fiquei feliz com a notícia e acho que, independentemente do resultado final, já posso comemorar somente pelo fato de ser um dos finalistas. Isso certamente vai me trazer boas oportunidades para o futuro”, comemora Gabriel.
Criado em 1996, o prêmio prestigia o dinamismo e a diversidade da comunidade musical quebequense. Destaca a excelência e a diversidade da música de concerto no Quebec, em diferentes repertórios musicais: medieval, renascentista, barroco, clássico, romântico, moderno, atual, contemporâneo, eletroacústico, jazz, world music e música tradicional local.
O álbum ‘Solo’ surgiu a partir do show de mesmo nome e reúne 10 gravações ao vivo realizadas entre 2017 e 2020, metade delas feita em Curitiba, durante apresentações no Paço da Liberdade/Sesc Paraná, e a outra parte em Montreal, sem público, durante a pandemia. “Não há nenhuma gravação em estúdio, são takes inteiros, sem edição, em alguns casos usei apenas recursos de mixagem”, explica Gabriel.
O álbum foi masterizado por Chico Santarosa em 2021 e lançado no formato digital em janeiro deste ano (2023) pelo selo independente La Prûche Libre (Québec – Canadá), com show na programação da 40ª Oficina de Música de Curitiba e também em Montreal, na Maison de la Culture NDG, instituição mantida pela prefeitura da cidade canadense.
Gabriel Schwartz, nos últimos 25 anos, atuou como músico, arranjador e diretor musical em diversos projetos, shows, CDs e peças de teatro. Entre 1998 e 2018 foi saxofonista, flautista, arranjador e regente assistente da ‘Orquestra à Base de Sopro de Curitiba’. Fundou em 1998 o Trio Quintina, dedicado a interpretar MPB, através de composições próprias e também de grandes compositores, no qual ainda atua como multi-instrumentista, compositor e cantor. O grupo formado também por Gustavo Schwartz e Fabiano Silveira (O Tiziu) segue ativo e já soma, entre CDs e DVDs, dez títulos fonográficos lançados de maneira independente.
Atualmente, Gabriel reside em Montreal onde ministra aulas de música brasileira no Centre des Musiciens du Monde, integra o quarteto do músico africano Adama Daou, a banda do brasileiro Diogo Ramos e promove mensalmente sarau de choro com o seu Trio Choro de Quintal. O músico mudou-se para o Canadá em 2018 para fazer Mestrado, concluído em 2020, em Composição na Universidade de Montreal, sob a direção da compositora sérvia/canadense Ana Sokolović. Este ano, iniciou Doutorado, também em Composição, na Université de Montréal. Recentemente foi convidado para criar arranjos e tocar com um grande nome da música tradicional do Quebec, Yves Lambert.