Novo golpe para assaltar apartamentos em Curitiba inclui uso de microfone para iludir porteiros e moradores

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no linkedin
Compartilhar no email
Compartilhar no whatsapp
O ladrão estaciona um carro velho - um corsa prata, mas há relatos de um Uno preto também - e de posse de um microfone começa a convocar porteiros e moradores a ajudá-lo a vender seus doces porque está desempregado. (Foto: imagem meramente ilustrativa e gerada por inteligência artificial Chat GPT)
O golpista estaciona um carro velho – um corsa prata, mas há relatos de um Uno preto também – e de posse de um microfone começa a convocar porteiros e moradores a ajudá-lo a vender seus doces porque está desempregado. (Foto: Imagem meramente ilustrativa gerada por Inteligência Artificial Chat GPT)

Um novo golpe para assaltar apartamentos está sendo praticado em Curitiba. Uma tentativa ocorreu nesta semana na Rua Pasteur, no Batel, bairro com muitos prédios de classe média alta. O golpista estaciona um carro velho – um corsa prata, mas há relatos de um Uno preto também – e de posse de um microfone começa a convocar porteiros e moradores a comprar seus doces porque está desempregado. Para impressionar, usa uma música evangélica de fundo. À medida que as pessoas saem à porta ou janela dos edifícios, ele observa quais têm portaria.

Com sotaque nordestino, ele diz: “Senhor porteiro, presta atenção, abre seu coração e vem aqui fora”. Na sequência, diz que não conhece ninguém na cidade, que está sozinho e não tem um real e precisa vender seus doces. Além dos porteiros, o homem se dirige aos moradores. “Você no 10°andar, no 5° andar e no 3° andar, vem pra janela, desce, eu preciso de água”. E começa a chorar dizendo que está em desespero, que não comeu nada no dia e que está em tratamento médico e não tem onde dormir. Ele insiste que precisa de um copo d’água e vender doces. Para os que compravam, ele profetizava algo. O homem repetia os andares dizendo “Só vou ficar aqui por três minutos, quero ver quem vai descer e abrir seu coração pra mim”.

Enquanto faz a encenação, comparsas anotam todas as janelas onde os moradores apareceram bem como os porteiros que saíram do posto para observar a cena. Segundo a presidente do Conselho de Segurança do Batel (CONSEG), a advogada Ana Cecília Parodi, o objetivo é fazer o reconhecimento para determinar o tempo de resposta, o nível de credulidade da portaria e quais moradores estavam em casa e sua aparência física.

“Todas as invasões anteriores a condomínios passam por uma ‘engenharia social’, de fingir pro porteiro que conhece a pessoa. Em todos os casos os bandidos deram detalhes dos moradores e entraram sem resistência”, diz ela. A polícia foi chamada por uma moradora que desconfiou, mas o homem percebeu e foi embora.

Veja Também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.