O primeiro Dia Internacional da Felicidade foi celebrado há dez anos, em 20 de março de 2013. Desde então, pessoas e instituições em todo o mundo reconheceram não só a importância de medir a felicidade e o bem-estar, mas também em apoiar as políticas públicas e privadas para ajudar a promovê-las.
No ano anterior, em 2012, o primeiro World Happiness Report (Relatório da Felicidade Mundial) levantou que existe um consenso crescente de que a felicidade pode ser promovida através de políticas públicas e das ações das empresas e da sociedade civil. Além disso, a felicidade e o bem-estar podem ser medidos de forma útil de várias maneiras, inclusive através de pesquisas sobre a satisfação das pessoas com as suas vidas.
A análise do World Happiness Report aproveita seis fatores-chave para ajudar a explicar a variação dos níveis de felicidade autorreferidos em todo o mundo: apoio social, rendimento, saúde, liberdade, generosidade e ausência de corrupção. Os governos utilizam cada vez mais esta análise para orientar as políticas em direção à felicidade.
O relatório deste ano também mostra que, apesar de várias crises sobrepostas, a maior parte das populações em todo o mundo continua a ser notavelmente resistente, com médias globais de satisfação de vida tão elevadas como as dos anos pré-pandêmicos, nos anos 2020, 2021, 2022 (período da Covid-19).
“O objetivo último da política e da ética deve ser o bem-estar humano”, diz Jeffrey Sachs, um dos editores do estudo. “O movimento da felicidade mostra que o bem-estar não é uma ideia ‘suave’ e ‘vaga’, mas sim foca em áreas da vida de importância crítica: condições materiais, riqueza mental e física, virtudes pessoais e boa cidadania. Precisamos transformar esta sabedoria em resultados práticos para alcançar mais paz, prosperidade, confiança, civilidade, e sim, felicidade, nas nossas sociedades”, completa.
A Finlândia permanece na primeira posição do Relatório da Felicidade Mundial pelo sexto ano consecutivo. A Lituânia é o único país novo entre os 20 primeiros, tendo subido mais de 30 posições, a partir de 2017. O Afeganistão e o Líbano, devastados pela guerra, continuam a ser os dois países mais infelizes da pesquisa, com avaliações médias de vida 5 pontos a menos (numa escala de 0 a 10) do que nos dez países mais felizes. Os dez países mais felizes, pela ordem são: Finlândia, Dinamarca, Islândia, Israel, Países Baixos, Suécia, Noruega, Suíça, Luxemburgo e Nova Zelândia. O Brasil ocupa a 49ª posição (era o 38º no relatório de 2022).
O relatório analisa mais de perto as tendências de como a felicidade é distribuída, em muitos casos de forma desigual, entre as pessoas. Examina a diferença de felicidade entre a metade superior e a metade inferior da população. Essa lacuna é pequena em países onde quase todos são muito infelizes, e nos países de topo onde quase ninguém é infeliz. De modo geral, as pessoas são mais felizes vivendo em países onde a diferença de felicidade é menor. As lacunas de felicidade em termos globais têm sido bastante estáveis, embora existam diferenças crescentes em muitos países africanos.
O Relatório da Felicidade Mundial é uma publicação da Rede de Soluções de Desenvolvimento Sustentável da ONU, alimentada pelos dados da Gallup World Poll. Ele é editado pelo professor John F. Helliwell, da Universidade British Columbia; professor Richard Layard, codiretor do Programa de Bem-Estar da London School of Economics; professor Jeffrey D. Sachs, da Universidade de Columbia, presidente da SDSN e diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Instituto da Terra; professor Jan-Emmanuel De Neve, diretor do Centro de Investigação do Bem-Estar da Universidade de Oxford; professora Lara B. Aknin, diretora do Laboratório de Ajuda e Felicidade da Universidade Simon Fraser; e professor Shun Wang, da Escola Internacional de Negócios Suzhou, Universidade de Xi’an Jiaotong-Liverpool.
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