Raphael Zanette
No último mês de julho fui ao Chile e estive novamente em um vale que não visitava havia muito tempo, o quase desconhecido – injustamente, diga-se – Vale Cachapoal. Como sabemos, o Chile produz vinhos em praticamente toda a sua extensão. Atualmente encontramos belos vinhos desde do Vale de Elqui, ao Norte, até Osorno, região fria bem ao Sul que começa a produzir coisas bem interessantes, especialmente com a uva Pinot Noir.
O Vale de Cachapoal é uma belíssima opção de visita para quem vai a Santiago, está somente a 70 km, boa estrada e colado na cordilheira, com um visual estonteante. Alguns dos grandes vinhos chilenos vêm desse vale, como ALTAIR e SIDERAL, projeto premium da gigante Viña San Pedro; VIK, CALYPTRA, CARMIN DE PEUMO, CABO DE HORNOS, entre outros.
Eu fui especialmente para visitar um projeto boutique, chamado Lagar de Codégua, que está localizado em um vilarejo com o mesmo nome, datado de 1565. São apenas 40 hectares, plantados em 1998 por um empresário chileno nascido na região e apaixonado por esse lugar.
Os vinhos chegarão no Brasil nos próximos meses e mostram um Chile diferente, menos industrial, menos estandardizado. São vinhos diferentes, com muita personalidade. Eles produzem além das uvas tradicionais, como a Cabernet Sauvignon que faz um vinho monumental, entre os grandes do país, chamado TUDOR, uvas mediterrâneas, como Grenache, Mouvedre, Syrah, também Malbec e Tannat, sempre em pequeníssimas quantidades.
Recomendo muito o Vale de Cachapoal para um bate-volta para conhecer pequenas vinícolas e assim fugir das visitas turísticas nas gigantes que estão na região metropolitana de Santiago.
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