Curitiba será a única cidade do país a receber a turnê brasileira do Ensemble Viaggiatori Armonici, orquestra italiana composta por 11 músicos ecléticos que executam desde a música renascentista até arranjos contemporâneos. O show “Love Parade” será apresentado entre os dias 3 e 6 de agosto na Caixa Cultural.
Esta será a segunda vez que o grupo vem ao Brasil. Curitiba é especial para os músicos porque o seu fundador, o violonista, compositor e arranjador Carlos da Costa Coelho nasceu aqui. Ele vive na Itália há 34 anos e fundou o grupo em parceria com a flautista Sabrina Agosto, em 2012. A Orquestra não é nada convencional, atualmente é formada por 11 músicos que tocam cerca de 40 instrumentos variados: à base de cordas, sopro e percussão.
O lançamento mundial do trabalho foi em Treviso, em dezembro de 2022. “A faixa que nomeia o trabalho foi composta na pandemia, enquanto estávamos fechados em casa, é uma marcha, ela revela a necessidade que tínhamos de caminhar em alguma direção, de nos movermos coletivamente, de nos unirmos. Estávamos todos sofrendo e tínhamos em comum a busca pelo movimento, por uma saída”, conta Carlos. A Itália foi o primeiro país da Europa a ser fortemente impactado pela Covid-19 e a adotar confinamento rígido para conter a doença.
O repertório do novo disco, que reúne músicas totalmente instrumentais, retrata a trajetória do grupo, a sua liberdade de estilo e sonoridade única. “Cada arranjo tem uma cor, uma ideia, uma paisagem, essas composições carregam nossas vivências, nosso trabalho, nossas ideias. É um grande arcabouço musical”, descreve.
O show na Caixa conta, inclusive, com a participação deles no palco na execução dessas músicas e ainda com o percussionista Vina Lacerda. Outro brasileiro que também vai tocar como convidado especial é o baixista curitibano Glauco Solter. Além das composições próprias (novas e antigas), Lenine e César Guerra-Peixe também estão no repertório do show.
“Curitiba é uma cidade especial para mim, é o lugar onde nasci e onde a paixão pela música começou. Trazer o meu trabalho para cá é como fechar um ciclo e abrir um novo ainda maior. A oportunidade de trocar com os músicos daqui é empolgante e poder me apresentar com os músicos com os quais trabalho no dia a dia na Itália é muito inspirador. O público daqui também é sensacional”, conta Carlos.